O novo filme de Dominique Farrugia, talvez inspirado no clássico de 1989, “A Guerra das Rosas” de Danny DeVito, pega na mesma premissa, um casal que se divorcia mas que continua a viver na mesma casa.
Temos então Yvan (Gilles Lellouche) que faz o papel de marido, um homem simples que pelo que percebemos durante o filme, tenta seguir os seus sonhos, mas sem nunca conseguir finalizar nenhum. No momento em que o filme se desenrola, ele tenta ser agente de jogadores de futebol. Por outro lado temos Delphine (Louise Bourgoin) que é a mulher de Yvan e é uma enfermeira que fica muito feliz com o divórcio.
Yvan, que não é o homem mais rico do mundo, acaba por ter de regressar a casa, já que tem direito a 20% da mesma e Delphine não tem como lhe pagar a sua parte. É aqui que começam os problemas e a diversão para os espectadores, uma vez que Delphine quer avançar com a sua vida e Yvan não a quer deixar.
O filme traz-nos momentos de humor, as vezes um pouco negro, enquanto a história nos é contada por 4 pessoas, os filhos de Yvan e Delphine e pelo próprio casal, o que o torna bastante mais interessante.
Mas a história não tem o desenrolar que se espera, terminando com um fim um pouco inesperado. No entanto, com tantos percalços ao longo da história e com tantas risadas, os espectadores chegam ao fim satisfeitos com o filme. Podia ter sido mais engraçado e ter tido um desenrolar mais arrojado e fluido, mas satisfaz muito os espectadores que não vão conseguir parar de rir com as peripécias de Yvan, seja a tentar ser agente de jogadores de futebol, ou a tentar sabotar a relação nova de Delphine, ou até mesmo a sobreviver antes de voltar para casa.
Os filhos do casal também têm um importante papel ao longo do filme, pois a relação que mantêm um com o outro vai se alterando com o desenrolar da história. É sem dúvida um bom filme para quem quer soltar umas gargalhadas e não sabe o que ver no cinema.