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Crítica Cinema – X-Men: Fénix Negra (2019)

Um filme de Simon Kinberg

Crítica Cinema – X-Men: Fénix Negra (2019)

X-Men: Fénix Negra é o novo filme da franquia X-Men, realizado por Simon Kinberg e protagonizado por Sophie Turner, que dá vida a Jean Grey. Um filme que, a pesar de ter alguns bons momentos, não consegue evitar ser bastante fraco, fazendo uma conclusão de 19 anos de filmes bastante anti-climática.

Durante uma arriscada missão de resgate no espaço, Jean é atingida por uma força cósmica que a transforma no mais poderoso mutante de todos. Uma premissa um pouco estranha, visto que no filme anterior, Jean (também interpretada por Turner) já possuía os estranhos poderes que a tornavam na fénix negra. Várias incoerências como esta vão surgindo no enredo, e o argumento não consegue lidar com estas, e a realização também não é a melhor.

Esta é a primeira experiência de Kinberg como realizador e isso torna-se bastante evidente, pela falta de consistência no desenvolvimento das personagens e por todas as incoerências que não conseguem ser contornadas, apesar de haver alguns bons momentos, principalmente no primeiro acto, em que uma certa nostalgia é gerada pela união da equipa (e também pelos fatos que vestem), fazendo lembrar a antiga série de animação. Para além disto, um dos poucos aspectos positivos são os efeitos visuais, que estão muito bem conseguidos.

O tom do filme tem muito pouco controlo, afectando as próprias personagens, que se tornam instáveis, muito pouco credíveis e até vazias. Para além de, em determinadas sequências, os poderes das personagens não serem aproveitados, o talento do elenco também não é enaltecido. Sophie Turner faz um bom trabalho na interpretação de Jean Grey, bem como James McAvoy e Michael Fassbender, como já é habitual. Contudo, o argumento e a realização não abrem espaço para que estes actores possam verdadeiramente brilhar, pois o desenvolvimento das suas personagens não é o melhor. Jean Grey é uma personagem bastante superficial, Charles Xavier, outrora uma personagem inteligente e apaziguadora, aqui é absolutamente inútil, bem como Magneto, que se tornou vazio e repetitivo.

No final de contas, o pior que há em X-Men: Fénix Negra é o facto de representar um final de 19 anos de franquia que esta não merecia. As falhas na construção da narrativa, do tom e das personagens faz com que esta seja uma história anti-climática, e as incoerências em determinados acontecimentos tornam tudo confuso. Não é um final duro e épico que deve ser aceite, mas antes um “já chega, ficamos por aqui” que não vai deixar saudades.

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