“Vice” é o nome do filme que traz o regresso de Adam McKay, o realizador de “A Queda de Wall Street”, vencedor de um Óscar em 2016 por melhor guião adaptado. E este é um filme que já tem vindo a dar que falar desde que foram reveladas as transformações do elenco, em especial a grande transformação de Christian Bale, que se submeteu novamente a um grande aumento de peso.
Este filme explora a história de Dick Cheney (interpretado por Bale) e leva-nos numa viagem pela sua vida até ao momento em que se tornou um dos homens mais poderosos do planeta, depois de se tornar Vice-Presidente dos EUA.
Este é um filme que se mantém muito na linha daquilo a que McKay já nos habituou e é bastante comparável a “A Queda de Wall Street” na sua composição. No entanto, desta vez temos um filme mais ambicioso que parece compreender o seu público, entregando-nos aquilo que queremos, mesmo sendo arriscado.
O uso de um narrador que acaba por fazer parte da história foi uma ideia muito interessante e que acabou por ser cómica, pois vamos recebendo pistas daquilo que vai acontecer e ainda assim temos dificuldade em adivinhar o modo como o narrador e a história se vão conectar. No geral, o filme não falha no que toca ao humor.
Os atores estão absolutamente incríveis e, claro, as suas transformações e maquilhagens também. Obviamente, Christian Bale é quem mais se destaca, até porque interpreta uma personagem que tem uma notável evolução ao longo do filme. Ainda assim, as personagens secundárias, interpretadas por Steve Carell, Amy Adams e Sam Rockwell também desempenham papéis fundamentais no filme.
O resultado de “Vice” é um filme que talvez não venha a ser do agrado de muita gente devido ao modo como está construído e também pelo facto de estar bastante ligado à política. Ainda assim, é um filme perfeito para a época de prémios em que estamos.