“Fahrenheit 451” mostra-nos um mundo futurista, onde as redes sociais, inteligência artificial e a internet que conhecemos estão presentes em todos os momentos das nossas vidas. Neste mundo, tudo nos chega de forma instantânea, através do bot “Yuxie”, que representa a entidade artificial que interage com todo o país através de microfones, câmeras e ecrãs. Neste mundo, as artes tornaram-se proibidas e a criatividade bloqueada. Todos os livros foram adulterados e as versões impressas queimadas, permitindo ao governo manipular as massas a seu bel prazer. Os intervenientes da história são a versão adulterada dos bombeiros neste mundo: Criam chamas ao invés de as apagar. O termo “fireman” (fire – fogo; man – homem) foi alterado em toda a documentação existente da internet para esta nova versão destrutiva. É, então, missão dos bombeiros, incendiar todos os livros físicos existentes, pois representam uma ameaça à manipulação governativa.
O argumento é baseado no romance de Ray Bradbury, numa adaptação mais futurista que nos permite visualizar uma possibilidade do futuro próximo. Ramin Bahrani (realizador), consegue, assim, alertar para esta possibilidade, passando uma forte mensagem de um possível futuro, se assim o permitirmos.
Relativamente ao elenco, Michael Shannon, que já tem vindo a trabalhar com Ramin Bahrani (99 Casas), esteve inconfundível no seu papel, enquanto que Michael B. Jordan, que tem vindo a crescer de filme para filme (Creed e Black Panther), esteve à altura do papel principal.
Apesar de não ser um filme brilhante, a mensagem que transmite é bastante forte e consegue cativar e motivar a audiência para atitudes positivas. Sendo um remake, fica a faltar a análise comparativa com filmes anteriores e ao respetivo romance.
Disclaimer: Esta crítica foi escrita por alguém que não leu o livro original, pelo que a opinião é baseada meramente na história relatada no filme.