Para celebrar o ‘Dia Mundial da Troca de Palavra-passe 2019’, a Kaspersky Lab recomendou aos utilizadores que criem palavras-passe únicas e fáceis de memorizar, de forma a manterem os seus dados online protegidos.
Mudá-las regularmente e instalar um gestor de palavras-passe para dificultar o trabalho aos hackers são outras das recomendações da empresa.
As palavras-passe são uma forma muito alargada de autenticação nas contas online, mas criar palavras-passe que sejam seguras e fáceis de memorizar não é tarefa simples. Para além disso, esta tarefa complica-se à medida que os utilizadores usam mais e mais contas online.
Se criamos palavras-passe simples, que nos lembramos facilmente, o risco de que um hacker as decifre torna-se muito maior. Contudo, se criamos uma palavra-passe mais complexa, é muito provável que nos esqueçamos dela e que, no final, para que isto não volte a acontecer, a comecemos a reutilizar em muitos mais sítios.
Os investigadores da Kaspersky Lab descobriram que a maior fragilidade das palavras-passe é a sua reutilização. Como podemos ver com a recente publicação da notícia do roubo de mais de 700 milhões de emails e palavras-passe não codificadas, a informação obtida devido às diferentes falhas pode combinar-se facilmente e ser utilizada em outros ataques de “preenchimento de credenciais”, onde os hackers aproveitam as combinações do correio eletrónico ou palavras-passe das vítimas para aceder a outras contas que tenham a mesma palavra.
O risco não diminui ao mudarmos de palavras-passe. A solução passa por criarmos palavras mais fortes. Ainda assim, a sua ‘força’ deve construir-se a partir da sua singularidade e não complexidade.
David Jacoby, investigador de segurança da equipa de Análise e Investigação (GReAT) da Kaspersky Lab, afirma: “Ainda há bastante confusão sobre o que quer dizer «palavra-passe segura». Muitos websites exigem agora palavras-passe complexas, que tenham oito ou mais letras maiúsculas e minúsculas, números e carateres especiais. Isto é o que muitos utilizadores consideram como «palavra-passe segura», o que é bastante desanimador”.