Conarium chegou finalmente à Nintendo Switch, depois de ter saído originalmente para a PS4, Xbox e PC em 2017. É um jogo de tensão, que explora o ambiente como poucos e é inspirado pelo livro de H.P. Lovecraft’s “At the Mountains of Madness”, um livro de ficção cientifica / horror que foi escrito em 1931.
O jogo passa uma tensão incrível, que, apesar de ser um jogo curto, pois acabas o jogo em perto de 6 horas de exploração, não deixa de ser uma boa viagem com emoção e uma história que deve ser seguida de perto.
Conarium começa numa estação na Antártica e pouco, ou nada, é-te explicado. Acordas com um som constante e tudo é muito confuso ao início. Quem sou eu? Porque estou aqui? O que tenho de fazer? Estas são algumas das perguntas que te vão passando pela cabeça nos momentos iniciais do jogo, enquanto exploras a estação. No entanto, não demora muito até começares a ter visões estranhas e começares a duvidar da tua sanidade mental. Em alguns casos, faz lembrar o Soma, por deixar-te sempre com a tensão a mil, sem saber o que vais encontrar. Um dos problemas do jogo é o voice acting do personagem principal Frank Gilman, que é a pessoa mais monocórdica do mundo! Ficamos mesmo a pensar se foi propositado ou se é simplesmente mau. Gostava de sentir mais expressão na voz dele, pois, às vezes, acaba por dar seca e parece que não acompanha a profundidade da história.
Para compensar o voice acting, temos um áudio muito bem conseguido e aconselho o uso de headphones para explorar Conarium. Aliás, no início, quando disse que este jogo é um jogo de tensão, o som é um elemento chave para isso acontecer. Os efeitos especiais no som criam tensão suficiente para te deixar em alerta durante o gameplay inteiro.
Conarium está cheio de enigmas e puzzles para resolver e, aqui, o jogo começa muito soft: só tens mesmo de ir lendo os textos que te vão aparecendo e consegues, facilmente, resolver os problemas que te são apresentados nas primeiras 2 horas de jogo. A partir daí, o jogo, além de ficar mais negro, começa a ter enigmas que te vão fazer perder a paciência… principalmente perto do fim do jogo, que tens de usar a cabeça como poucos jogos o fazem. Mas fiquem atentos a todos os textos, leiam tudo, para entenderem melhor a história e para vos ajudar a resolver certos enigmas. É muito importante mesmo! Às vezes, algo só é difícil, porque não leste com atenção. O jogo quase tem aquela sensação de um Souls like, quando finalmente matas aquele Boss que te matou umas 500 vezes… mas aqui é aquele enigma que não fazias a mínima ideia de como resolver.
Os controlos do jogo respondem bem e, mais uma vez, também fazem lembrar o Soma ou um Prey, em que podemos interagir com grande parte do cenário. Conarium é melhor jogado com um comando Pro, mas também se consegue ter uma boa experiência usando os pads originais da Nintendo Switch.
O jogo tem vários cenários interessantes e bem bonitos, mesmo para um jogo com uma certa idade. Na Switch, os visuais ficam bem interessantes em modo portátil e não senti qualquer quebra de framerate durante todo o gameplay. Quando chegarem às cavernas, parem para usufruir do cenário à vossa volta, pois está mesmo bonito e interessante.
Conarium, apesar de curto, vale bem a pena experimentar, até porque o jogo tem vários finais e, pelo preço que está na store da Nintendo neste momento, vale bem a pena o investimento. Se gostas de jogos de terror, mas esperas muitos jump scares ou inimigos super assustadores, este jogo não é bem para ti. Porém, se gostas de enigmas num ambiente sombrio, este é o teu jogo, com uma história sólida, escrita por um dos melhores de sempre a fazê-lo.
Conarium (Nintendo Switch) | Análise Gaming
Conarium chegou finalmente à Nintendo Switch, depois de ter saído originalmente para a PS4, Xbox e PC em 2017. É um jogo de tensão, que explora o ambiente como poucos e é inspirado pelo livro de H.P. Lovecraft’s “At the Mountains of Madness”, um livro de ficção cientifica / horror que foi escrito em 1931.
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3.5