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Rescaldo: E tudo um criativo mudou

Rescaldo: E tudo um criativo mudou

E ao terceiro jogo, não foi preciso Paciência. O Belenenses recebeu e venceu o Marítimo (1-0) na 2ª jornada da Liga NOS 2017/2018, num jogo em que dominou do início ao fim e no qual poderia ter saído vencedor por uma margem mais dilatada. Com um árbitro a tentar estragar o espectáculo, a dupla Chaby & Viana mostrou pormenores deliciosos e que deixaram os Belenenses convictos de que ambos são mais-valias. Os insulares não se preocuparam em jogar futebol e estiveram vários furos abaixo do que já apresentaram noutras ocasiões. Para a história ficam os 3 pontos e o que mudou a entrada de um criativo no futebol do emblema da Cruz de Cristo.

Domingos voltou a insistir e a entrar em campo com o sistema da moda: 3-5-2. Sem mudanças na defesa, foi do meio-campo para a frente que surgiram as grandes novidades. Yebda entrou para o lugar de Persson, Chaby para o de André Sousa, Róni para o de Juanto e Maurides para o de Jesús Hernández. Tudo isto fez diferença na forma e na desenvoltura com que os azuis se apresentaram em campo. Um meio-campo mais móvel, com mais bola no pé e a procurar sempre as combinações com os dois alas bem abertos: Florent e Diogo Viana. Outro dos aspectos positivos foi a agressividade defensiva da equipa, algo que já não se vislumbrava há mais de uma época. De jogadores amorfos e com pouca noção posicional, o Belenenses passou (pelo menos neste jogo) a ser uma equipa mais madura e ciente do espaços na altura de defender, isto contra um Marítimo muito pouco atrevido. Os madeirenses raramente conseguiram ter bola e só criaram lances de perigo de bola parada. Do lado dos da casa, Chaby era o maestro e ditava o ritmo de jogo, sendo que esteve perto de marcar com um grande remate de fora da área. Também Maurides num livre perigoso causou muito perigo, com a melhor oportunidade dos primeiros 45 minutos a pertencer a Diogo Viana, que viu Charles fazer uma defesa quase impossível. A turma de Paciência foi para o intervalo com a sensação de que já poderia estar a vencer, não fosse o mesmo problema de sempre: a eficácia. Róni também mostrou bons pormenores na sua estreia.

A equipa voltou do intervalo com a mesma mentalidade atacante e, logo aos 2′ da 2ª parte, após um livre eximiamente batido por Chaby, Nuno Tomás, de cabeça, inauguraria o marcador. O golo que colocava justiça no marcador e que obrigava os insulares a abrirem-se mais e a procurarem as sobreposições nas laterais. O jogo tornou-se muito faltoso, com o árbitro da partida a não ter um bom critério na hora de decidir. O Belenenses procurou controlar o jogo com bola, mas nem sempre foi bem sucedido nessa missão. Num lance em que Piqueti aparece isolado frente a Muriel, ainda se temeu o pior no Restelo, mas o guardião brasileiro resolveu bem. Até ao final do encontro, ainda houve algumas boas ocasiões para a vantagem ser aumentada, mas a ineficácia falou mais alto. Domingos optou por tirar os três homens mais perigosos da equipa (juntamente com Maurides) e Róni deu o lugar a André Sousa, Diogo Viana a Pereirinha e Chaby a Femi Balogun. Depois da saída dos dois melhores elementos (Viana e Chaby) o Belenenses ressentiu-se e foi a única altura em que o Marítimo esteve por cima, no entanto, nunca o tempo suficiente para colocar em causa a vantagem mais do que justa.

Dizem que “o pior cego é aquele que não quer ver”, espera-se, então, que Domingos Paciência tenha tido os olhos bem abertos durante os 90 minutos e tenha percebido a verdadeira diferença entre jogar com um criativo (ainda para mais com a qualidade de Chaby) ou com um meio-campo de tracção atrás. Boa exibição dos azuis naquele que pode ser um bom auguro para a restante temporada, importa é não inventar no que de bom se fez.

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Resultado Final: Belenenses vence primeiro jogo em casa

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Vídeo resumo: Belenenses 1-0 Marítimo

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