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Antevisão: A linha ténue que traça o derby

Antevisão: A linha ténue que traça o derby

Já uma famosa cadeia de telecomunicações afirmava em tempos: “há uma linha que separa…”. Neste caso concreto, há várias. Desde a de comboio, que separa Belém do Estoril, passando pela que separa as duas equipas no campeonato (são dois os pontos de diferença), até à, ainda mais ténue, linha que separa um arranque de campeonato menos bom, de um que pode ser considerado de “terrível”. O desafio de domingo, às 16h, no Restelo, adquire todo um peso emocional que não poderá interferir nem com os jogadores, nem com o apoio dos adeptos. O Belenenses tem de ganhar para ganhar novo ânimo e o Estoril não pode perder o fulgor que tem desde a temporada anterior.

Pedro Emanuel não está a ter o início de época que desejava. Após um brilhante final de temporada passada em que não só salvou o Estoril, como também colocou a equipa numa posição confortável, 2017/2018 parecia ir pelo mesmo caminho, mas a última derrota caseira frente ao Moreirense, pode ter abalado a confiança canarinha. Com algumas saídas de jogadores influentes, a permanência de Kléber e Allano foi essencial para manter a boa estrutura da equipa. O futebol do Estoril não é atractivo, à imagem do que costumam ser as equipas de Pedro Emanuel, mas é eficaz e isso é uma das principais armas que será utilizada no jogo de amanhã. Gonçalo Brandão voltará – agora em jogos oficiais – a uma casa que bem conhece e que foi sua durante vários anos, outro dos tónicos interessantes do embate de domingo. No último jogo que ambas as equipas realizaram – no troféu Vicente Lucas – o Estoril levou a melhor, sendo eficaz e defendendo sempre com segurança e sem se expor às adversidades. Dessa forma, caberá aos azuis tentarem ser mais eficazes, ao contrário do que aconteceu na Vila das Aves.

Vicent Sasso, Miguel Rosa e Juanto são três nomes que já podem ser opção nas escolhas de Domingos Paciência. Se o primeiro era pedra fundamental no esquema do treinador portuense, Miguel Rosa, por sua vez, ainda não fez a sua estreia oficial esta temporada e pode ver na 6ª jornada da Liga NOS a oportunidade de fazer o 100º jogo no campeonato pelo Belenenses (e no total também). Com as boas exibições de Nuno Tomás – que é também o melhor marcador da equipa com 2 golos – e com a recente renovação de contrato, é expectável que o jovem central português continue a actuar no eixo da defesa, ao lado de Gonçalo Silva. A grande dúvida será se Domingos voltará ao esquema de 3 centrais, ou se relegará Sasso para o banco. A defesa voltou a mostrar debilidades e o meio-campo revelou-se muito defensivo e sem grande criatividade. Isto deve-se, em parte, a má qualidade exibicional de Yebda e ao facto de Filipe Chaby ter alinhado mais descaído para a ala, onde acaba por ter menos bola e se faz valer menos dos seus recurso técnicos. Não deve haver grandes mudanças relativamente à jornada transacta, com Bouba Saré a voltar a ser titular, com Tandjigora e Yebda. Os erros foram muitos e é premente rectificá-los. A  juntar a tudo isso, importa ser mais eficaz, algo que foi um dos calcanhares de Aquiles a temporada passada e que continua a revelar-se um problema este ano.

Uma derrota caseira – algo que na Liga ainda não aconteceu esta época – significará maus lençóis para o emblema da Cruz de Cristo. O jogo é importante e é essencial voltar a encarreirar no caminho das vitórias antes de chegar o ciclo mais complicado antes do Natal. Um dos grandes problemas da equipa são os erros repetidos e sub-rendimento de alguns jogadores. Importa reunir as tropas e que a coesão seja a chave do sucesso.

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