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Análise Gaming – ‘Shadow of the Tomb Raider’

Análise Gaming – ‘Shadow of the Tomb Raider’

A Crystal Dynamic’s deu uma volta enorme ao universo Tomb Raider com o seu reboot em 2013 e, desde então, o jogo de Lara Croft sofreu uma mutação gigante, tentando estar o mais actual possível, principalmente porque a concorrência de Uncharted era gigante. Mas mal sabíamos nós que o jogo que foi influenciado por Tomb Raider, ia acabar por ser um dos que mais ia influenciar o Tomb Raider.    Mais cutscenes, melhores gráficos, uma história mais presente na franquia, e uma velocidade de acontecimentos que não era sua característica… depois lançaram o Rise of the Tomb Raider e, na minha opinião, ainda melhoraram o que já tinha feito em 2013. Mas será que o Shadow of The Tomb Raider, continua esta espiral positiva?

Shadow of the Tomb Raider traz uma Lara Croft cheia de raiva e isso é notório logo nos minutos iniciais do jogo. Enquanto nos outros dois títulos mostravam uma Lara a aprender a sobreviver, aqui a Lara já é uma aventureira há muito. Também conta um pouco a origem dela, em que há uma parte em que jogas mesmo com a Lara em criança e vês a morte do Pai dela, criando uma raiva que vai crescendo com o decorrer do jogo.

O objectivo é parar a Trinity a todo o custo, o que faz com Lara Croft não olhe para tudo o que a rodeia, um pouco como nos primeiros Tomb Raider, que ias atrás de uma relíquia e acabavas a matar tudo por onde passavas. Aqui dão-lhe apenas uma razão. Lara continua o trabalho do pai Richard James Croft, que foi morto pela Trinity. Ela começa a notar que, por onde passa, deixa um rasto de morte e destruição e começa a culpar-se de tudo.

Jonah Maiava, que acompanha Lara desde o reboot, é o melhor amigo de Lara e tenta convencê-la sempre com razão e menos coração. As conversas dos dois são excelentes e ele vai acompanhar Lara neste jogo inteiro. Trabalharam muito bem esta personagem, como ainda nunca o tinham feito na série. Estas investigações levam Lara e Jonah até ao Cozumel, no México e mais tarde à Amazónia Peruana… portanto os cenários são bem diversos neste jogo.

A história é a mais fraca dos três títulos. Penso que tinham muito mais para explorar, muito mais para fazer! O trabalho de voz está brilhante, mostrando por completo o estado de espírito dos personagens, tanto dos protagonistas como dos NPCs, mas a história acaba por não ser algo forte neste jogo. Outra coisa que salta à vista são os movimentos faciais durante as conversas… são incríveis, os melhores da franquia até hoje e é por este tipo de coisas que eu gosto de jogar os jogos com a voz original, pela forma como se mexe a cara do personagem quando fala… está mesmo perfeito!

A história liga de forma um pouco forçada à mitologia Inca, Maya e Cristã, mais para o final do jogo. E as personagens que te ligam a estas mitologias acabam por ser um pouco fracas e não têm um grau de interesse que te cole à história.

Este jogo é, de longe, o mais violento da série! Optaram por uma área de combate mais na base do stealth, mas, ao contrário do Rise of the Tomb Raider que podias sempre optar por ires para cima deles com tudo, neste jogo, se o fizeres, não vai correr bem a maior parte das vezes. E há partes que não tens nada mais que o teu martelo de escalada!

Introduziram a lama como disfarce, ou seja, podes encher-te de lama para conseguires camuflar-te melhor e assim evitar os óculos de visão térmica, que é também uma novidade neste jogo e mesmo em boa hora, já que estreou há pouco tempo o Predador… isto é realmente interessante.

Ora, estás no meio da selva, a ser preseguida por um monte de militares e o objectivo é matar todos sem ser vista. (Isto fez-me mesmo lembrar bastante o Rambo 1, escondido dentro da vegetação, cheio de lama e a matar um a um). Usando o modo survival, consegues ver pela cor se podes matar o inimigo sem ser visto ou não. E aqui há um pormenor um pouco parvo, em alguns desses movimentos a Lara faz barulhos, como se fosse um som de esforço, mas quando matas alguém perto de outra pessoa, é como se ela não tivesse feito som nenhum! Depois há alturas em que o combate é mais na cara do inimigo, como é o caso do último boss. A versão PS4, que foi a que testámos, falha um pouco na parte de disparar. A mira não é tão certa como deveria ser, mas nada de escandaloso. No entanto, acho que poderia ser um pouco melhorada.

O Gameplay do jogo está incrível, muito bem conseguido! É o jogo em que nadas mais da triologia e também dos que mais escalas. Tens um mapa relativamente grande, com mais fogueiras onde podes melhorar as tuas armas e skills, e tens bastantes à escolha. Senti realmente que estas habilidades e updates ajudam-te bastante no desenrolar do jogo. Tens também a opção de comprar armas, roupas ou componentes em comerciantes que vais encontrando na cidade.

A nível de side missions, gostei… até achei algumas com história bastante cativante. Vais encontrar alguns sítios onde não consegues passar e tens de ir desbloqueando armas para o conseguir fazer. Nas fogueiras também podes mudar as roupas que usas, tens também várias à escolha. Um pormenor interessante é que podes optar, por exemplo, por jogar com a Lara Croft do Tomb Raider 2… e quando digo isto, não é usar a roupa que ela usava naquele jogo, é mesmo a personagem cheia de polígonos como era na altura! Ou então, a Lara de The Angel of Darkness, com vestes mais escuras e aqueles óculos de aviador. Achei excelente este pormenor.

O tipo de mapa é um pouco fraco e sem opções. Não dá, por exemplo, para marcar no mapa alguma coisa que não esteja marcado por natureza: imagina que passas num sítio onde precisas de uma caçadeira para abrir passagem, não consegues marcar esse sítio específico no mapa, e daria muito jeito.  Tens vários Túmulos para explorar no jogo e os enigmas que se apresentam tanto no túmulos secundários, como no main game, são simplesmente óbvios, sem qualquer tipo de dificuldade.  Com a exploração dos túmulos secundários, vais desbloqueando habilidades que te vão ajudar na aventura. Sendo isto um jogo em que a escalada é um must, ao contrário do Uncharted que para onde quer que saltes, vais sempre ter onde querias, aqui tens de especificar mesmo para onde vais, senão acabas por cair… e muitas vezes, porque às vezes os controlos não respondem como deveriam.

Graficamente o jogo está incrível, com pormenores nas cidades espectaculares. Mas onde o jogo brilha mesmo é nas selvas, fazendo lembrar um pouco o Uncharted. As cavernas estão impecáveis, apesar de ter sentido que faltavam alguns pormenores que deviam ter tido atenção. Dou-vos um exemplo: estás numa queda de água, se meteres a Lara lá em baixo ela nem se queixa, é como se tivesse ao ar livre! E acho que deviam ter tido isso em atenção. Tirando este tipo de situações, o jogo está muito bom. A nível de luz está perfeita, com os reflexos todos no sítio certo. Uma coisa que falha, mais uma vez, é o cabelo da Lara, simplesmente não parece bem… desde o reboot que ela sofre deste problema e continua a sofrer neste jogo. O cabelo dela molhado é igual a quando está seco, fica um pouco estranho.  

Shadow of the Tomb Raider é um bom jogo, mas, sem dúvida, o mais fraco da Triologia. A história não te prende como deveria e nota-se claramente a idade dos mecanismos a dar de si. Ah, e o jogo é muito curto! Tem bastante acção e uns gráficos brilhantes, mas eu acho que Tomb Raider merecia um titulo melhor, mas vocês vão com certeza encontrar o divertimento neste título. Agora, com o suposto fim de Uncharted e com Tomb Raider com este título sem sangue novo, será que este género de jogo terá continuação?

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