“The Queen´s Justice” o terceiro episódio da temporada sete de Game Of Thrones que nos deixou colados ao ecrã e a detestar os intervalos.
E que ninguém se meta no caminho de Cersei! “The Queen´s Justice” está repleto de cenas de vingança tortuosa em que a rainha finalmente assume o poder com atos grotescos de violência.
Uma cena brilhantemente maquiavélica que consegue reunir o amor maternal seguindo-se da violência num cenário de tensão mesmo ao estilo de GOT. Inicia com o discurso de Cersei a enaltecer o amor que sentia pelos seus filhos frutos do incesto, seguindo-se de um beijo envenenando a Tyene, filha de Elaria, condenando-a ao mesmo fim que a sua filha Myrcella teve. Segue-se o momento de desespero entre as duas mulheres com Cersei prometendo a Elaria que vai continuar viva e a apodrecer para assistir a cada momento daquela lenta morte.
E um dos momentos mais esperados nesta semana em Guerra dos Tronos era o encontro entre Daenerys Tragaryen e Jon Snow. Com a apresentação gloriosa de Missandei, a Filha da Tormenta etc. etc. ect. e “este é o Jon Snow, o rei do Norte”, uma apresentação mais objetiva que antecede a postura que adotou perante a ansia de conquista dos sete reinos que assola à Mãe dos Dragões.
Com o regresso a Dragostone Sir Davos diz “este lugar mudou”, mas será que mudou mesmo? Quando lá esteve com Stannis, a névoa da ambição em governar os sete reinos também pairava naquele castelo e ainda continua. Apesar da insistência em querer a vassalagem de Jon para combater Cersei, ele recusou “dobrar o joelho” defendendo a necessidade de ajuda e de união perante o exército dos mortos.
Finalmente Tyrion teve mais destaque no episódio relembrando o porquê de ser uma das personagens favoritas. Ele salva o encontro com a sua eloquência mediado os opostos convencendo Jon a pedir o que quer e Daenerys concedendo permissão para a extração da obsidiana existente em Dragon Stone.
Sansa mostra a sua capacidade gestão em Westeros confiante com a sua posição soberana, mas o que não esperava era o reencontro com o seu irmão Bran. Enquanto esperamos que estes recontros entre os irmãos Stark sejam felizes, somos surpreendidos no melhor estilo de GOT. Bran mudou e desde que se tornou o “Corvo dos três olhos” que tudo consegue ver, a sua humanidade parece ter-se drenado falando sem qualquer expressão de emoção quando lamenta o que Sansa viveu na funesta noite do casamento com Ramsey.
E é o rumar contra o previsível que me faz apaixonar por esta série. E quando todos pensávamos de Daenerys estava no poder e a “heroína” ia ganhar a batalha em Casterly Rock com o plano inteligente de Tyrion, temos a reviravolta menos esperada. O exército dos Imaculados consegue a invadir o reino, mas só encontram uma parte da força dos Lannister. Jaime leva o seu exército a Highgarden para saquear e vencer mais um inimigo de Cersei, queimando ainda os seus barcos deixando as tropas de Daenerys encurraladas no que tanto queriam conquistar.
Sendo impossível escolher a melhor cena deste episódio, podemos eleger a morte mais refinada de GOT com o “Adeus” de Lady Olenna a revelar que envenenou Joffrey e a esfregar na cara de Cersei “eu quero que ela saiba que fui eu”, advertindo ainda Jaime sobre o futuro “ela será o teu fim”.
Outras duas cenas bem interessantes é a previsão de Melissandre a Varys de que ambos vão morrer em Westeros. Como? Quando? Porquê? Ainda sem resposta. E Sam a salvar Sir Jorah? É o puro Sam numa cena de compaixão e de coragem salvando-o do que era incurável. Qual será agora o papel que Sir Jorah vai assumir?
Este episódio foi sem dúvida o melhor até agora, mas ainda fico surpreendida com a rapidez com que os acontecimentos se desenrolam. O que não é rápido é a chegada do quarto episódio de Game Of Thrones. Até lá, fãs de GOT, digam-me o que acharam!