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Agenda Cultural – 11 a 17 de Fevereiro

Agenda Cultural – 11 a 17 de Fevereiro

Uma nova semana começa e com isso novos espectáculos enchem os palcos de norte a sul. Confiram de seguida, uma selecção dos espectáculos que podem ser assistidos esta semana.

Dia 13, o Teatro da Trindade Inatel recebe o espectáculo Boudoir, de Martim Pedroso. Alguns autores ao longo dos séculos tentaram encontrar respostas sobre a sua própria existência e sobre a sociedade em que viveram, através da exponenciação das suas próprias experiências e fantasias sexuais. Sade fez isso e muito mais. No seu programa literário e filosófico, este propõe uma nova ordem mundial, indo ao limite da libertinagem, tentando furar os tabus mais secretos. O ponto de partida para esta adaptação é, acima de tudo, celebrar a liberdade do corpo e do pensamento na sociedade contemporânea. Em cena até dia 10 de Março.

Também no dia 13, Triunfo Sobre os Porcos estará no Theatro Circo, em Braga. Estamos algures para lá do ano de 2084. A morte é um tabu porque se criou a ideia da eternidade do Homem baseada nos avanços tecno-biónicos e na redução demográfica drástica. Restam alguns serviçais e os caído,s que são perseguidos e desprezados, mas a quem a Igreja acolhe à noite nas capelas. Já não há, entre os poderosos, procriação natural, mas encomendas de bebés com orelhas de canguru ou outras bizarrias. O sexo deixou de ser expressão de amor ou jogo de afectos para ser um dever social, sobretudo valorizado pelo incesto. Uma distopia futurista com texto, encenação e espaço Cénico de Castro Guedes.

Ainda na mesma data, Doreen, a partir de Lettre à D. de André Gorz, estreia no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa. André Gorz, nascido em 1923 na Áustria, naturalizado francês com o nome de Gérard Horst, instala-se em Paris no fim dos anos 40. Publica O Traidor, uma autobiografia em forma de investigação, entre a autoanálise e a crítica do modelo de sociedade capitalista, em 1958. Doreen Klein, sua mulher, será um contraponto a esta confissão tornada pública: o retrato de uma mulher, que imaginamos a partir do que Gorz diz sobre ela, e o retrato de um casal, que vemos a viver, numa proximidade extrema. Estamos numa noite de 2007 na casa do casal. André e Doreen estão casados há 58 anos. Prepararam comes e bebes e recebem-nos em sua casa. Daqui a uma hora vão-se suicidar. Enquanto esperam, falam. Para ser assistido até dia 17.

Dia 14, BREU estreia no Teatro Carlos Alberto, no Porto. É nos bastidores do circo tradicional que o coletivo Musgo monta a tenda de BREU. No universo do menos amado dos espetáculos de palco, a companhia reconhece uma metáfora que condensa conceitos a serem trabalhados: a precariedade destes artistas, o desdobramento das suas funções, a estigmatização com que frequentemente são vistos, uma profissionalização que lhes é negada. Joana Moraes ergue um texto dramático, permeável também a referências do cinema e da fotografia sobre o circo. Entre o lado de lá e de cá da cortina, entre o glamour do espetáculo, as vicissitudes da intimidade e a crueza da realidade, BREU quer assumir uma abordagem tão humanista quanto humorística do que entre eles transita e contamina. Em cena até dia 23.

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