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A Guerra dos Tronos | Análise “The Bells” #S08E05

“The Bells” foi o nome do penúltimo episódio da oitava temporada de “A Guerra dos Tronos”.

A Guerra dos Tronos | Análise “The Bells” #S08E05

A par com o terceiro episódio, “The Long Night”, o quinto e penúltimo capítulo desta temporada de “A Guerra dos Tronos” é capaz de ter sido dos mais aguardados da série, ou não tivesse este prometido o confronto final entre Daenerys e Cersei – confronto esse que teve o seu início presencial no episódio anterior, depois da morte de Rhaegal e da execução de Missandei, que trouxe uma grande raiva a Daenerys, deixando explícito que o caminho que a série quer seguir é o de tornar a “Mãe dos Dragões” na “Mad Queen”.

Este novo episódio, intitulado “The Bells”, começou com a traição de Varys a trazer-lhe graves consequências, não tardando a ser-nos entregue a primeira morte do episódio, com motivos que pouco sentido fizeram, pois a própria Daenerys, que condena Varys, reconhece que antes de ele a trair já outros dois o tinham feito antes. Segundo ela, Jon contou o segredo às “irmãs” e Sansa contou a Tyrion, que, por sua vez, contou a Varys. Ora, aqui nota-se um pequeno problema relacionado com a narrativa, pois quem contou o segredo a Tyrion foi Bran, mas pronto, deixa-se escapar.

Depois do fim da “aranha”, que comece a Batalha… Que é praticamente inexistente, pois Daenerys é a única que ataca, começando por queimar a frota de Euron e depois a Companhia Dourada, que estava a defender King’s Landing. Enfim, tudo muito fácil quando se tem um dragão, é pena que quando havia três tenha sido tudo tão complicado!

É, então, que temos a segunda traição da noite, quando Tyrion conversa com Jaime para que este fuja com Cersei, depois de ter prometido a Daenerys que iria convencer a irmã a render a cidade, de modo a não haver uma chacina, e caso conseguisse iria tocar os sinos da cidade. O plano muda e, de facto, os sinos tocam, mas isso não faz com que Daenerys acalme os ânimos. Vemos, então, a khaleesi num breve período de reflexão consumido pela raiva a observar a cidade, apenas para tomar uma decisão: instalar o caos, queimar tudo, matar todos – tornar-se na “Rainha das Cinzas”, precisamente aquilo que não queria ser.

Enquanto Daenerys com a ajuda de Drogon destrói a cidade, temos Arya e The Hound a entrar na cidade; Arya com o objetivo de matar Cersei e The Hound com o objetivo de matar o irmão. No entanto, The Hound convence Arya a desistir deste seu objetivo, tendo um momento bastante humano antes do seu combate com Montanha, que leva a um confronto aguardado e à morte de ambos, mas de um modo dececionante, devido à grande quantidade de cortes nesse momento.

Jaime Lannister consegue finalmente chegar até Cersei e, ao contrário do esperado, não a mata, mostrando que afinal continua apaixonado pela irmã. Com o caos que os rodeia, ambos não conseguem ir muito longe, acabando por morrer soterrados, mas juntos, assim como nasceram. Foi um momento emocionante, no entanto é preciso dizer que foi um péssimo final para estas duas personagens, que ao longo das oito temporadas tiveram um crescimento enorme apenas para depois morrerem assim. De um certo modo, parece que os roteiristas ficaram sem saber como acabar com eles.

Depois da morte de tantos protagonistas, a cidade está completamente em chamas e vemos Arya a reerguer-se nas cinzas e a encontrar um cavalo branco, que possivelmente foi levado até ela sob o controlo de Bran. Agora a grande questão é: será que Arya vai matar Daenerys?

No final do episódio, o que mais há para destacar é o facto de a série ter seguido o caminho de tornar Daenerys numa vilã. Ainda que essa ideia até pudesse estar presente nas últimas temporadas, o modo bruto como o fizeram nos dois últimos episódios tirou toda a credibilidade à personagem, dando apenas a entender que “é necessário acabar a série, então qualquer coisa serve”.

O episódio teve momentos que se arrastaram e em que nada contribuíram para o seu desfecho. Depois tivemos outros momentos que eram antecipados há imenso tempo e que foram tratados de um modo repentino. Não foram épicos e apenas fundamentaram o facto de que falta apenas um episódio para que “Game Of Thrones” termine para sempre. E, claro está, o final não vai ser feliz, o que já é óbvio há muito tempo, mas provavelmente também não vai ser bem feito, tendo em conta a falta de qualidade que esta temporada está a ter.

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