Vampire: The Masquerade — Swansong chegou para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X. E o que podemos esperar do jogo?
Jogos de investigação não são muito normais de se ver nos últimos anos e, principalmente, quando esses jogos tem uma temática com vampiros, ainda menos normal é vermos isso em videojogos. Este jogo, em algumas coisas, faz lembrar o Murdered: Soul Suspect ou os jogos do Sherlock Holmes, mas, a meu ver, está mais bem conseguido.
Já no cinema, vemos bastantes filmes com inspetores. Basta ver que ainda há pouco tempo saiu a “Morte no Nilo”, onde vivemos uma história de Hercule Poirot ou mesmo as séries de tv do já mencionado Sherlock Holmes. Normalmente, este género aplicado num jogo é bem directo, com apenas um caminho a percorrer… No entanto, em Swansong não é bem o caso.
Vampire: The Masquerade é um jogo de tabuleiro criado por Mark Rein-Hagen e lançado em 1991. Deste universo, já tivemos bastantes jogos, como o famoso Vampire: The Masquerade – Bloodlines.
Óbvio que existem vários vampiros “Kindred” no jogo, onde eles tentam sobreviver sem se revelar à humanidade e tentando manter-se no anonimato.
Este jogo desenrola-se em Boston, onde um novo príncipe ou, neste caso, uma princesa – Hazel Iversen – assumiu o comando da seita que controla a cidade, mas alguém misterioso está a tentar atacá-la.
É aqui que nós entramos e assumimos o controlo de três personagens: Leysha, Galeb e Emem. Todos são vampiros e cada um tem cerca de cem anos de idade. Pertencem a clãs de vampiros distintos, com perspectivas opostas para investigar esses ataques e proteger a princesa. De sublinhar que cada personagem tem os seus truques e poderes.
Os jogadores podem andar, correr, falar com NPCs, apanhar items e depois, dependendo dos personagens, poderás usar os poderes de cada um. Por exemplo, a personagem Leysha pode mascarar-se de outros personagens ou simplesmente ficar invisível, para poderes aceder a sítios vigiados.
Durante as conversas, poderás usar também poderes para influenciar as respostas da pessoa com quem falas. Isto é tudo baseado num sistema de pontos, que poderás aumentar ou diminuir com um sistema de foco. A ter em atenção que, quando há um empate de pontos, é lançado virtualmente um dado para desempatar. Para ires aumentado o teu poder, poderás usar alguns items que encontras espalhados pelo cenário, a fim de aumentar a tua influência. Outra forma, como é óbvio, é bebendo sangue de humanos. Porém, tens de ter cuidado para não beberes demais, pois poderás matar o humano e levantar suspeitas sobre ti. A tua “sede” aumenta quando usas estes poderes.
Sinceramente achei este sistema um pouco complexo e bastante inspirado no “The Council”, que é também da editora Big Bad Wolf (como este Vampire the Masquerade).
Sendo um jogo de investigação, teremos várias conversas ao longo do jogo… talvez pelo ambiente que queriam criar, ou mesmo por falta de qualidade dos atores, achei que o voice acting, no geral, tinha falta de expressão e, como os gráficos das feições dos personagens também não são topo de gama, acaba por perder um pouco o feeling que o jogo poderia criar. Atenção, não estou a dizer que são fracas, apenas que poderiam estar melhores! Para compensar toda a história, a escrita está realmente excelente, acabando por te prender assim que começas a jogar.
No fim de cada capítulo de Vampire: The Masquerade — Swansong, ele mostra-te o que poderias ter feito, o que acertaste e também em que falhaste. Quanto melhor te tiveres safado no capítulo, mais XP ganhas para a próxima missão.
Há várias coisas que vão influenciando o teu gameplay e tudo depende de como queres jogar: se fores um vampiro cheio de sede, o rasto de morte vai acabar por ter um grande impacto na história, mas isso deixo à tua interpretação!
Impressionante em termos de gráficos, com vários detalhes e efeitos visuais de tirar o chapéu, deixando apenas a desejar nas feições como já referido. As várias áreas do jogo e os vários ambientes que vais viver no jogo são graficamente incríveis. Outra coisa que acho que o jogo tem de muito bom é, sem dúvida, os efeitos sonoros, tanto nos efeitos, como na música, que cria o ambiente perfeito para este tipo de jogo.
Há uma evolução da dificuldade do jogo, consoante o vais jogando! Nem tudo é o que parece e há quebra-cabeças que realmente vão-te fazer puxar pela cabeça. Tem muita atenção a tudo o que vês no mapa e, principalmente, tudo com o que podes interagir, porque, por vezes, num simples papel está a resolução de algo que te está a impedir de progredir. Achei a dificuldade dos enigmas de acordo com o jogo.
Uma coisa que senti falta foi uma maneira de ir acompanhando a missão. Podiam ter incorporado uma espécie de diário nos menus, a fim de sabermos tudo o que fizemos até então. Senti que se parasse de jogar durante uma semana, iria ter dificuldade em saber onde ia.
Resumidamente, Vampire: The Masquerade — Swansong é um jogo bastante agradável de investigação, com um ritmo lento e o universo Vampire The Masquerade está bem conseguido neste jogo. Será que estás pronto para descobrir os mistérios de Swansong?