Marcia Brilhante 
Este ano, vamos ter Gilberto Gil, Nando Reis e Gal Costa juntos em Trinca de Ases, com dois concertos inéditos no Porto e em Lisboa.
Temos Gilberto Gil, um rapaz maduro já calejado pela idade, Nando Reis é o menino impetuoso e viril do trio, enquanto Gal Costa é a moça. Gil compôs a canção “Trinca de Ases” pensando nessas mesmas imagens-fantasia, é a música inédita de Gil que serviu para batizar o trio, tornando-os nos “Três mosqueteiros, três patetas, três poetas da canção“, como são descritos no verso da música. Os três juntaram-se não só para celebrarem a história de cada um, como também para cantarem os novos temas que nasceram deste feliz encontro.
Estreiam-se em Portugal com dois concertos, um no dia 9 de Março no Campo Pequeno, em Lisboa, e o outro no dia 11 de Março, no Coliseu do Porto, no Porto.
Este projecto musical nasceu como uma homenagem ao centenário de Ulysses Guimarães, que foi um dos principais opositores à ditadura militar brasileira, idealizada pelo jornalista brasileiro Jorge Bastos Moreno, e nasceu apenas com as vozes deste trio e com os seus violões. Foi assim, que deste feliz encontro nasceu um espetáculo intimista que ganhou uma nova cara. Criou-se uma identificação musical e uma química que funcionou entre os três artistas.
A estreia foi em São Paulo e no Rio de Janeiro, no Brasil, em Agosto de 2017, e forma várias as cidades por onde passaram ao longo do ano, chegando a vez de Portugal, agora em Março. Os dois concertos inéditos terão com certeza um repertório de músicas inéditas e grandes sucessos.
O diálogo entre os violões de Gil e Nando, e a voz de Gal, criam uma perfeita união. No palco podemos contar com os três a tempo inteiro, com trios, duetos e solos, e com o reforço de dois grandes músicos: o baixista pernambucano Magno Brito e o percussionista baiano Kainan do Jêjê.
Trinca de Ases ganha quando lança as antigas e infalíveis canções dos repertórios dos três grandes artistas da música popular, como também, a base são as obras sólidas de Gil e Nando, revividas com as tramas dos violões dos artistas. Em Março poderemos ver a audácia dos três mosqueteiros, a leveza dos três patetas e ainda a grandeza dos três poetas.
