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The Kills no Coliseu de Lisboa: Rock com “R” grande

The Kills no Coliseu de Lisboa: Rock com “R” grande

Para quem já viu The Kills ao vivo, não estranhará a análise do concerto que o autor deste artigo fez, por uma simples razão. Com a intensidade que Jamie Hince e Alison Mosshart aplicam nos seus concertos, muito dificilmente alguém sairá desiludido de um concerto dos The Kills.

E foi assim a noite passada. Os The Kills pisaram terras de Lisboa, nomeadamente as do Coliseu dos Recreios durante a noite, para dar o primeiro de dois concertos em Portugal (hoje ainda vão actuar no Hard Club do Porto, que já se encontra esgotado) de apresentação do mais recente álbum “Ash & Ice”.

A dupla composta pelo britânico Jamie e a americana Alison (em palco são acompanhados por mais 2 membros) não actuavam em Portugal desde o seu concerto no Super Bock Super Rock 2014, na altura ainda no Meco. Este regresso também permite ao público português ver a banda em concerto próprio, visto que dos cinco concertos anteriores da banda em Portugal, apenas um tinha sido em nome próprio, na Casa da Música em 2008.

Num Coliseu dos Recreios bem composto, mas não cheio, a banda decidiu aquecer os ânimos com “Heart of a Dog”, segundo single do novo álbum. Depois seguiram-se dois clássicos da discografia, “U.R.A Fever” e “Kissy Kissy”, no entanto a não ter o efeito esperado, o público ainda estava adormecido. Mas isso iria começar a mudar com mais uma música recente no cardápio, a dançável “Hard Habit to Break”. “Impossible Tracks” mantêm a toada no novo álbum.

Mas o primeiro grande momento do concerto ficou reservado para a calma “Black Baloon” com o público presente a auxiliar Alison no coro.

Não seria preciso esperar muito para ver o Coliseu entrar em sintonia, realizando uma dança rítmica ao som de “Doing it to Death”, música maior de “Ash & Ice”. Não é difícil de perceber que irá continuar por muitos anos nas setlists dos seus concertos.

Desviando o olhar (e os ouvidos) do último álbum, a dupla decide centrar atenções no disco “Blood Pressures”, com as músicas “Baby Says” e “DNA”. De notar, uma menor adesão a estas músicas do que em passagens anteriores por Portugal, como na do Super Bock Super Rock de 2014, não tendo perdido no entanto todo o seu interesse. Ainda houve tempo para passar por “Tape Song”.

“Echo Home” que foi a música seguinte apresentada, tem essências que nos levam a pensar noutra banda começada por “The”, neste caso os The XX. Grande momento, e diferente devido ao menor ritmo da canção. As diferenças de ritmo e o contraste entre elas, cria boas sensações durante o espectáculo.

“Future Starts Slow” outra visita no concerto ao “Blood Pressures”. Segue-se “Whirling Eye”, mais outro single forte do 5º álbum da banda.

Antes do Encore, Alison e Jamie atiram-se infrutiferamente a “Pots and Pans” e “Monkey 23”, que devido a algumas dificuldades sonoras (que só aparecerem nesta dupla de músicas), não foi possível ouvir com o detalhe necessário a voz da vocalista e os dotes de Jamie na guitarra eléctrica.

Para terminar, Alison Mosshart volta para o encore sozinha, para interpretar “That Love” de forma acústica. Momento brilhante e que leva o público a entusiasmar-se, deixando a própria emocionada.

Ainda faltava aparecer “Siberian Nights” que é inspirada em Vladimir Putin, “Love is a Deserter” e “Sour Chery”, com a qual Alison aproveita a letra para se despedir-se dos fãs (“G-g-g-go home, go home it’s over”).

Contas feitas, concerto enérgico de uma banda em grande forma e que tem um catálogo enorme, que permite deixar de fora músicas como “Satellite”, “No Wow”, “Last Day of Magic”, “Alphabet Pony”, entre outras.
Alison confirmou novamente o rótulo de “monstro” de palco, melhor frontwoman dificilmente haverá, e Jamie Hince demonstra estar curado das suas lesões. Venham mais!

Foto: Everything is New / Alexandre Antunes

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