Há poucos sítios no mundo tão bons para fazer nascer uma banda do que os subúrbios de Manchester. Foi precisamente aí, numa cidade com a melhor tradição rock, que Matthew Healy, Adam Hann, Ross MacDonald e George Daniel se juntaram para tocar punk e arriscar as primeiras canções originais. A banda não demorou até começar a dar nas vistas, graças a singles como “The City” e às suas atuações enérgicas, capazes de cativar multidões, mesmo nos primeiros tempos. O primeiro disco, o homónimo editado em 2013, confirmou as melhores expectativas em torno da banda, com destaque para canções como “Chocolate”, “Sex”, “Settle Down” e “Girls”. Os 1975 regressaram aos discos em 2016 com a edição de “I Like It When You Sleep, for You Are So Beautiful Yet So Unaware of It”, um registo que trouxe um apelo pop mais apurado e uma boa nostalgia da década de 80. O terceiro disco da banda, “A Brief Inquiry Into Online Relationships”, chegou em 2018 e mostrava uma banda eclética, capaz de convocar vários elementos pop para a sua própria música. Em 2020 editou “Notes on a Conditional Form”, um registo que incluía singles como “People,” “If You’re Too Shy (Let Me Know)” ou “The Birthday Party” (com Phoebe Bridgers). Em 2022 deram ao mundo mais uma colecção de canções: “Being Funny in a Foreign Language” tem tudo aquilo que faz dos 1975 uma das bandas mais interessantes dos últimos anos. Estas canções de amor, sempre lúcidas, mas despretensiosas, entre o risco e o conhecido, vão fazer as delícias do público português no próximo Super Bock Super Rock.