Tekken 8 é a nova entrada da lendária série de videojogos de luta. Como é que após 8 jogos (principais) a série se mantém relevante e fresca? Venham conhecer a nossa opinião de Tekken 8.
Tekken é uma série já com 30 anos de existência (como o tempo passa depressa) e já nem é uma série exclusivamente ligada às consolas PlayStation, mas a realidade é que continua a ser uma das principais séries de videojogos de luta, e a luta sempre foi árdua, visto que Mortal Kombat e Street Fighter continuam aí para as curvas, e estão talvez até no seu melhor momento.
Tekken 8 é o novo jogo da franquia, nove anos após o sucesso do 7, com lançamento na PS5, XBOX Series e PC, sendo este um jogo verdadeiramente de nova geração (nova se ainda a podermos denominar dessa forma). E se o 7 foi bem recebido pela crítica especializada e pelo público, o 8 não é diferente. A Bandai Namco pega na base forte do jogo anterior e entrega aqui um pacote mais completo e conseguiu responder às críticas e sugestões mais mencionadas durante o interregno entre lançamentos.
Uma das críticas mais apontadas a Tekken 7 (e em muitos jogos da série) é o facto do jogo apelar mais ao jogo defensivo, o que acabava por levar os jogadores a basearem as suas estratégias maioritariamente no processo defensivo e nos bloqueios. Para contrariar isso temos a grande novidade da jogabilidade de Tekken 8: o “heat system”.
É através deste sistema de “heat” que Tekken 8 se afigura um jogo mais agressivo que o anterior pois oferece a possibilidade de desferir algum dano até quando o adversário está a bloquear os ataques ou ter combos diferentes da personagem que controlamos. Podemos designar o “heat” como o modo de ataque deste jogo.
Os combates são do mais fluido que podemos esperar dum novo Tekken e este sistema de “heat” entra que nem ginja nas mecânicas da série.
Em Tekken 8 voltamos a ter o sempre muito desejado modo história que continua a eterna narrativa que coloca frente-a-frente em grande plano Jin Kazama e Kazuya Mishima. As batalhas que rodeiam a família Mishima aparentam nunca terminar. A aposta em cinemáticas over-the-top e a abordagem mais similar ao que vemos nas produções de anime ajuda a que a história de Tekken tenha tantos fãs e que acaba por se destacar mesmo em comparação directa com Street Fighter ou Mortal Kombat, e Tekken 8 não é excepção.
Um dos maiores problemas que actualmente aflige os jogos de luta é a falta de conteúdo nos períodos de lançamento, optando as editoras e desenvolvedoras por guardar algumas adições para os anos seguintes em formato de DLC, sendo o Street Fighter 5 o caso mais evidente dessas políticas. Mas Tekken 8 é um jogo repleto de conteúdo, tanto ao nível das personagens que podemos utilizar como nos modos e mini-jogos presentes desde o dia 1 do jogo.
O elenco de personagens jogáveis de Tekken 8 é vasto e inclui praticamente todas as personagens clássicas da série, com excepção para Eddy Gordo (reservado para um futuro DLC já confirmado pela Bandai Namco) e Heihachi (por razões óbvias relacionadas com a história contada em Tekken 7), e temos a introdução de novas personagens jogáveis em que se destacam Reina (a filha ilegítima de Heihachi), Azucena (lutadora de artes marciais mistas) e Victor Chevalier (um super-espião francês modelado e com voz do actor Vincent Cassel).
Em Tekken 8 temos o regresso do muito adorado mini-jogo Tekken Ball, onde podemos derrotar os nossos adversários com uma bola de voleibol na praia. Mini-jogo que já é conhecido desde os tempos longíquos de Tekken 3, e serve perfeitamente para descomprimir um pouco da intensidade dos combates.
Arcade Quest (com algumas semelhanças com o Battle Hub de Street Fighter 6) é um novo modo em que podemos criar um avatar e acrescenta mais umas boas horas de diversão e desafios ao jogo.
Outro ponto que é importante realçar de Tekken 8 é a sua acessibilidade para novos jogadores. O ponto de entrada de novos jogadores neste tipo de títulos é muitas vezes dificultada pela complexidade de sistemas no combate. E Tekken 8 pretende resolver isso de duas formas distintas: controlos simplificados para quem quer começar sem ter que saber exactamente os combos de cada personagem e através do “My Replay & Tips”. O nome pode não entusiasmar ninguém mas é das melhores funcionalidades do jogo, pois permite que qualquer jogador consiga ver os seus combates anteriores e aprender sobre o que fez mal em cada momento e o que deveria ter feito para ter vantagem.
Graficamente o jogo é espectacular, os modelos das personagens estão fielmente recriados e a direcção artística é bastante consistente e nalguns combates acaba por ser difícil às vezes não reparar em todos os pormenores que existem em cada cenário. É aqui que se sente que este é um jogo verdadeiramente exclusivo desta geração. Bem, nisso e nos loadings quase instantâneos que o jogo oferece, indo dos menús até ao combate em breves segundos.
Ao nível da banda-sonora, Tekken 8 é um deleite para os fãs visto que continua a tendência da série de ter música altamente motivadora e contem também uma grande selecção de músicas de jogos anteriores da franquia para os fãs mais nostálgicos.
Tekken 8 não só fica marcado como o expoente máximo da série, como será ainda certamente visto pela concorrência directa como um exemplo de como lançar um videojogo do género em 2024. Se a Bandai Namco conseguir suportar bem o jogo nos próximos anos com mais conteúdo novo, podemos muito bem aguentar uma longa espera por um próximo título da série pois Tekken 8 é suficiente bom para isso.
Tekken 8 - Análise Gaming (XBOX Series X)
Tekken 8 é a nova entrada da lendária série de videojogos de luta. Como é que após 8 jogos (principais) a série se mantém relevante e fresca? Venham conhecer a nossa opinião de Tekken 8.
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