Centenas de táxis concentraram-se esta terça-feira no Parque das Nações em Lisboa, na praça Gonçalves Zarco, no Porto, e também em Faro, em protesto contra o transporte de passageiros por condutores ligados à empresa que utiliza a aplicação eletrónica Uber.
Segundo António José Monteiro, vice-presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), o objetivo desta marcha é “alertar e sensibilizar os governantes” para esta “atividade ilegal” e que já foi alvo de duas decisões judiciais para que fosse suspensa sem, contudo, estarem a ser cumpridas, referiu o responsável.
“A razão do protesto visa alertar para os efeitos da violação da lei, do não-acatamento de decisões judiciais, constituindo neste caso crime”, e protestar contra a “tolerância dos decisores” e a “inação dos fiscalizadores, no uso das competências e obrigações a que estão vinculados”, explicou, em comunicado, a ANTRAL.
Os taxistas pretendem entregar um dossiê explicativo das suas razões ao presidente do instituto da Mobilidade Terrestre e à ministra da Justiça, em Lisboa.
O Tribunal Central de Lisboa aceitou a 28 de abril deste ano uma providência cautelar interposta pela ANTRAL, e proibiu os serviços da aplicação de transportes Uber em Portugal, decisão que foi confirmada pelo mesmo tribunal em junho.
A ANTRAL acusa a Uber de “continuar a trabalhar da mesma forma” que trabalhava antes da decisão do tribunal.