A Holanda está entre os dez melhores países para se viver no mundo, segundo dados levantados pela Organização das Nações Unidas (ONU). E uma das explicações mais contundentes a respeito da qualidade de vida encontrada neste país europeu está na dinâmica do seu mercado de trabalho.
Afinal, por que e como a Holanda atrai tantos trabalhadores do mundo inteiro? A resposta pode estar em diversas ações públicas que afetam diretamente o regime de trabalho local; neste caso, um dos principais aspetos é a carga horária. Saiba mais!
Qualidade de vida e carga semanal de trabalho na Holanda
Segundo dados do Gabinete de Estatísticas da União Europeia, a Holanda tem um enorme contingente de trabalhadores que exercem cargos com 30 horas semanais. A título de comparação, o restante da Europa Ocidental apresenta um indicativo de jornada média de 37,7 horas por semana.
O baixo número de horas trabalhadas não é sinónimo de precariedade, necessidade ou algo do tipo, até porque a Holanda está entre os países europeus que apresenta uma das menores percentagens de trabalho informal do continente e está bem classificado entre os países que apresentam as melhores rendas médias do mundo.
De acordo com relatos locais expostos pelo jornal The Holland Times, a carga semanal reduzida é uma conquista histórica do povo holandês. Mesmo assim, eles conseguem apresentar altas taxas de produtividade no trabalho e garantir mais tempo livre para a família e outras atividades.
Envelhecimento populacional e busca por novos trabalhadores
Com cargas horárias baixas e bons salários, a Holanda desponta como um dos principais alvos do mundo para trabalhadores que buscam oportunidades atraentes e vantajosas para seguirem as suas carreiras. Fazendo as buscas por emprego Holanda alavancarem.
E o país está em busca de novos trabalhadores. De acordo com informações do cônsul holandês no Brasil, Nico Schiettekatte, a Holanda envelhece mais que a média mundial: atualmente, o país de 17 milhões de habitantes conta com quase 3 milhões de pessoas acima dos 65 anos. Isto quer dizer que mais mão de obra jovem será necessária.
Igualdade de género na Holanda e soluções trabalhistas
Mesmo com ótimos indicadores de qualidade de vida e possibilidade de trabalhos interessantes para diferentes cargos, o país é alvo de críticas quanto à discrepância de género encontrada no mercado de trabalho.
Indicadores mostram que os homens tendem a ganhar mais (média salarial de 2,9 mil euros mensais) que as mulheres (média salarial de 1,8 mil euros mensais) no mercado de trabalho, com jornadas semanais relativamente menores. A problemática segue sendo tratada no país e no mundo todo, e a população feminina ganha cada vez mais espaço e direito de igualdade no campo profissional. Ainda assim, a Holanda é uma opção e tanto para trabalhadores portugueses e do mundo inteiro!