No terceiro e último dia de MEO Marés Vivas, Sting esteve em destaque este domingo, dia 21 de julho, com os portugueses HMB a encerrar a edição de 2019.
Este domingo, e pela terceira e última vez este ano, as portas do recinto do MEO Marés Vivas abriram às 16h00 e muitos dos festivaleiros já estavam a postos para ver e ouvir o cabeça de cartaz Sting. Tal como no sábado, que contou com Ornatos Violeta, o festival nortenho recebeu mais de 40 mil pessoas.
Antes do sol se pôr, Tiago Nacarato agitou as marés e apostou nos temas do próximo álbum, com lançamento previsto no último trimestre do ano. “É uma honra pisar este palco”, começou por dizer.
A festa arrancou com o tema “Pensando em Você”, seguido de “Pequeno Gigante”. No alinhamento não faltou “A Dança”, “Tempo” e “Cara Valente”. Pelo meio também houve “Sol de Inverno” e “Só me Apetece Dançar”.
Antes do cabeça de cartaz, às 20h40, os britânicos Moorcheeba subiram ao palco MEO. A banda de Skye Edwards, formada em Londres, na Inglaterra, mostraram a sua força ao vivo e aqueceram o público quando o vento começou a convidar os festivaleiros a vestirem os seus casacos.
Com o foco no último álbum de estúdio, “Blaze Away”, no alinhamento da festa de Moorcheeba não ficaram de fora temas como “Never Undo”, “Love Dub”, “Its Summertime” e “Find Another Way”. “Sweet L.A.” e “Set Your Sails” também agitaram as marés e convidaram o público a dançar.
O LENDÁRIO STING QUE NINGUEM ESQUECE
O primeiro ponto alto do dia chegou com Sting. Pouco depois das dez da noite, o ex-vocalista da banda The Police, subiu ao Palco MEO e teve direito a uma das recepções mais calorosas do festival.
O regresso ao festival nortenho arrancou com “Message in a Bottle”, do álbum “Reggatta de Blanc”. No alinhamento segui-se “If I Ever Lose My Faith in You” e “Englishman in New York”, um dos temas mais celebrados do artista britânico.
“Seven Days”, “Walking on the Moon”, “Roxanne”, “Shape of My Heart” e “Demolition Man” também não ficaram de fora do alinhamento de Sting.
No palco maior do MEO Marés Vivas, Sting deu ao público os temas mais conhecidos. “So Lonely” e “Desert Rose também ajudou a animar o público numa noite fria de verão.
O grande ponto alto do concerto chegou com “Every Breath You Take”, que levou muitos dos fãs a viajarem pelas suas memórias, num momento em que não faltou química entre o músico e o público.
Durante mais de uma hora, e tal como aconteceu no MEO Marés Vivas de 2017, Sting provou mais uma vez que é uma aposta certeira. O seu à vontade em palco – Sting é inegavelmente um artista bem oleado para este tipo de palcos -, mas sobretudo o desfile de êxitos fazem com que toda a gente embarque na grande viagem do britânico.
“Muito obrigado”, conclui o músico para uma plateia ao rubro.
O FIM COM OS PORTUGUESES HMB
Depois da festa de Sting, foi a vez dos portugueses HMB subirem ao Palco MEO do festival de Vila Nova de Gaia. As expectativas eram altas e os músicos não desiludiram no que diz respeito ao alinhamento, oferecendo praticamente tudo o que os fãs queriam ouvir.
A mancha humana em frente ao palco foi claramente menor, em comparação ao concerto de Sting, com muitos espectadores a despedirem-se do festival antecipadamente.
“Naptel Xulima”, “Não me Leves a Mal”, “O amor é Assim”, “Peito”, “Não me deixes Partir”, “Paixão” e “Dia D” abriram o desfile de canções.
… E ATÉ 2020
Depois de ter mudado em 2018 para a Antiga Seca do Bacalhau em Gaia, a 500 metros da antiga localização, Jorge Lopes revelou que este não é ainda o local definitivo.
Afirmando estar a trabalhar numa solução definitiva para o Marés Vivas, o responsável explicou que na atual localização, pertencente a privados, vão ser construídos prédios no futuro.
“Estamos a tratar de arranjar uma solução definitiva, esta como está agrada-nos, estas duas edições correram bem, mas começa a ficar impossível manter-nos cá”, reforçou.
Contudo, Jorge Lopes garantiu que o festival vai continuar a realizar-se em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, e próximo do rio.
A edição de 2020 já está a ser trabalhada, adiantou, divulgando que se realizará no terceiro fim de semana de julho “muito provavelmente” de 17 a 19 de julho, referiu.
“Muito provavelmente de 17 a 19 porque ainda não está decidido se será de quinta-feira a sábado ou de sexta-feira a domingo, à semelhança deste ano. Depende muito da disponibilidade dos artistas”, explicou.
Este ano, o Marés Vivas teve lotação “completamente esgotada” nos três dias, superando as 100 mil pessoas, afirmou.
Já sobre os artistas que subiram ao palco principal, apesar de considerar todos os concertos “fantásticos”, Jorge Lopes destacou a atuação dos Ornatos Violeta, no sábado à noite, naquele que foi o segundo de três concertos de comemoração dos 20 anos de “O Monstro Precisa de Amigos”, segundo álbum da banda que se separou em 2002.
A atuação deles foi “absolutamente fantástica”, considerou.
Por seu lado, o presidente da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, principal patrocinador do evento, falou numa parceria de “sucesso” e garantiu que a marca continuará a apoiar a música e o entretenimento em Portugal.
Questionado sobre se no próximo ano o festival continuaria a ter a sua assinatura, Alexandre Fonseca assumiu que será muito provável que sim porque mais do que a marca possa trazer, o objetivo é apoiar a música, os festivais e o entretenimento.
“A tecnologia é algo que nós vamos continuar a trazer porque enquanto o Sting, a título de exemplo, atuava víamos centenas de milhares de pessoas a partilhar nas suas redes sociais o concerto”, frisou.
Durante três dias, e dividido por quatro palcos, o Marés Vivas recebeu mais de 40 espetáculos com destaque para Keane, Kodaline, Ornatos Violeta e Sting.
Mando Diao, Carlão, Don Broco, Tiago Nacarato, Morcheeba, HMB, João Só, Biya, Maria Bradshaw, Tainá, Valas, Domi, Bispo, Miguel Sete Escacas, Nuno Lacerda e Pedro Neves foram outros dos artistas a comporem o cartaz.