O segundo dia do MEO Marés Vivas ’18 trouxe um público claramente mais numeroso e com uma faixa etária mais diversa. Apesar do recinto ter tido as devidas condições para acolher mais pessoas, ainda assim mantêm-se alguns dos problemas referidos no dia anterior, desta vez com muito levantamento de pó devido à maior afluência de pessoas.
Um dos nomes de peso do dia foi Carolina Deslandes, cujos êxitos que passam regularmente nas rádios eram bem conhecidos do público que cantou em uníssono. Destacamos o momento em que a cantora chorou ao cantar “Heaven”, dedicada ao seu falecido avô, bem como o dueto com Diogo Clemente. Além disso Carolina prestou tributo a artistas bem conhecidos dos portugueses que cresceram nos anos 90, nomeadamente Britney Spears, Ornatos Violeta e Xutos e Pontapés, tendo sido “Circo de Feras”, cantado pela cantora a encerrar o espetáculo. A melhor palavra para descrever Carolina e o seu concerto é “emoção”.
The Black Mamba é capaz de ter sido um dos concertos mais animados desta edição do Marés Vivas. Alternando entre o português e o inglês, sem dúvida podemos afirmar que foi das bandas que mais puxou pelo público, sendo raras as alturas em que mãos e telemóveis não estavam no ar, bem como os momentos de silêncio no público. “Still I am Alive” sem dúvida foi a música que se destacou neste aspeto.
Curiosamente Kodaline marcou uma mudança de ritmo embora o engagement com o público não tenha baixado em relação aos The Black Mamba. As músicas eram mais lentas e emotivas, no entanto o público, sem dúvida, conhecia bem a maior parte dos temas. Steve Garrigan sem dúvida foi a alma deste concerto. Apesar de ter uma personalidade mais calma e acanhada em relação a muitos dos nomes em destaque neste dia, o vocalista conseguiu puxar pelas pessoas à sua maneira. Garrigan inclusive levou dos fãs de Portugal uma bandeira dedicada à banda, bandeira essa que esteve no palco durante o resto do espetáculo. O ambiente calmo do concerto era ocasionalmente interrompido com o lançamento de concertos e efeitos de pirotecnia, algo que seria mais predominante no concerto que se seguiria.
Ao contrário do dia de ontem as pessoas não se foram embora, muito pelo contrário ainda se juntaram mais para receber David Guetta, um dos nomes mais ansiados do dia. Apesar do atraso de 20 minutos e da agitação de impaciência que se espalhou pelos fãs, mal o DJ chegou, a terra tremeu com os saltos de excitação do público. Todos saltavam, dançavam e cantavam a plenos pulmões enquanto Guetta sorria e fazia valer a sua reputação.
Entretanto, durante o dia outras atuações também ajudaram as pessoas a aquecer para os nomes principais do cartaz. Sia abriu o dia no Palco Santa Casa com um concerto simples, mas bastante agradável. Já Kazzio, claramente atraiu um público mais jovem, tendo-se inclusive criado uma fila enorme à volta do Palco Kia Digital composta por jovens ansiosos por conhecer o artista.
Tiago Nacarato também foi um destaque relevante entre os palcos além do principal. O ambiente que o cantor portuense conseguiu criar era composto por alguns dos seus hits conhecidos de quem costuma ouvir rádio, bem como algumas gracinhas dedicadas às suas ex-namoradas. A surpresa surgiu quando o concorrente à Eurovisão, Janeiro, surgiu e fez um dueto muito agradável com Tiago. Janeiro, aliás, é um dos nomes em cartaz para o dia de hoje.
Os horários para hoje podem ser consultados aqui e as informações úteis podem ser consultadas aqui.
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