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Gogoro: a scooter elétrica que aprende

Gogoro: a scooter elétrica que aprende

Após alguns anos a trabalhar para empresas como a Microsoft ou a HTC, onde ajudou a desenvolver as mais diversas tecnologias para produtos tão diferentes como a consola Xbox ou smartphones, Horace Luke decidiu iniciar uma empresa baseada em Taiwan que agora apresentou a SmartScooter.

A Gogoro tem vindo a desenvolver desde há três anos o seu conceito de scooter elétrica, projetada para uma utilização exclusivamente citadina, e já angariou cerca de 126 milhões de euros para a implementação da scooter no mercado, o que inclui também a instalação de uma inovadora rede de estações de recarga e troca das baterias da SmartScooter.

Mas comecemos por conhecer a Gogoro SmartScooter.

Esta scooter elétrica utiliza um conjunto de duas baterias de iões de lítio, produzidas pela Panasonic, que garantem uma autonomia de 100 km. A SmartScooter conta com 30 sensores que, por exemplo, avisam o condutor do estado do veículo ou da falha de algum componente. Através de uma ligação a um serviço Cloud, os mesmos sensores registam, analisam e enviam para a Cloud os hábitos de condução de cada utilizador da Gogoro.

Basicamente, a scooter aprende connosco quais são as nossas necessidades ao nível a utilização, se somos mais “aceleras”, se somos mais poupados, se precisamos de nos deslocar de dia ou de noite, entre muitas outras coisas. Com estes dados a Gogoro otimiza o consumo de energia nas estações de recarga e troca das baterias.

E aqui entramos na secção verdadeiramente ambiciosa da Gogoro: implementar nas cidades uma rede de estações de recarga e troca das baterias.

 

Quando o condutor pretender ou quando as baterias estiverem quase no fim da autonomia, a App da Gogoro utiliza o smartphone do condutor para o dirigir para a estação de recarga e troca de baterias mais perto da sua localização. Como as estações estão também ligadas à Cloud, a Gogoro direciona o condutor para uma estação que tenha baterias prontas a utilizar.

Quando o condutor chega à estação, apenas tem de retirar, sem auxílio de ferramentas ou mecanismos complicados, as duas baterias descarregadas da SmartScooter, e a estação escolhe automaticamente quais as baterias que disponibiliza tendo em conta os parâmetros de condução de cada condutor e que estão guardados na Cloud: se formos um “acelera” recebemos um par de baterias que esteja totalmente carregado (ou o mais próximo possível da carga máxima), mas se formos poupados ou percorremos menos quilómetros, podemos receber da estação um par de baterias que não esteja num nível de carga tão elevado.

As trocas de baterias são rápidas e simples, e não é necessário que o utilizador fique parado à espera que a estação carregue as baterias para poder seguir viagem.

Outro ponto interessante na implementação desta rede de estações de recarga e troca de baterias é que a Gogoro anuncia que, colocar uma estação destas a funcionar implica um investimento que não é superior a 8.500 euros! A dimensão de cada estação pode variar, mas as mais pequenas serão do tamanho de uma máquina de “vending” (do tipo que vende produtos alimentares por exemplo), o que significa que podem ser colocadas em locais como parques de estacionamento ou mesmo em qualquer esquina.

A Gogoro já se encontra em negociações com várias cidades em todo o mundo para a implementação das necessárias infraestruturas para que o sistema funcione, eliminando, de acordo com a marca, alguns dos problemas habitualmente associados às motos elétricas e recarga das baterias.

Ainda de acordo com Horace Luke, o preço da scooter elétrica Gogoro SmartScooter ainda não está definido, prevendo que a chegada ao mercado aconteça até final de 2015, sendo que o objetivo passa por disponibilizar a scooter a um valor mais acessível e as baterias serão pagas pelos utilizadores em regime de aluguer.

Se este sistema da Gogoro baseado numa Cloud, que vai aprendendo e otimizando a utilização das baterias de acordo com as necessidades dos motociclistas e das suas cidades, for implementado, será uma boa forma de alargar a utilização de motos elétricas? Deixe o seu comentário em baixo.

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