A exposição Frida Kahlo – As Suas Fotografias revela a intimidade da artista mexicana e dá a conhecer uma nova perspectiva sobre a vida turbulenta de uma das figuras mais misteriosas e emblemáticas da arte latino-americana.
Desde a primeira apresentação, na Cidade do México, em 2009, a exposição tem viajado pelo mundo inteiro, contando já com mais de meio milhão de visitantes em quinze cidades distintas. Depois de passar por Lisboa em 2012, a cidade do Porto recebe agora a exposição até ao dia 4 de novembro, no Centro Português de Fotografia (antiga Cadeia e Tribunal da Relação do Porto).
Apesar da importância que a fotografia tinha para Frida, a maior parte da sua coleção de fotografias esteve escondida do público durante várias décadas. Quando morreu, em 1954, o marido e também artista Diego Rivera doou a casa onde viveram – conhecida como Casa Azul, situada na Cidade do México – para que fosse transformada num museu sobre a vida e a obra de Frida. Este foi o início daquele que é hoje o Museu Frida Kahlo, um dos museus mais conhecidos no mundo.
Embora Diego tenha doado os quadros e objetos de Frida ao museu, o restante espólio da mulher manteve-se, a seu pedido, longe dos olhos curiosos do público. Foi esta a principal razão para que este arquivo pessoal se mantivesse fechado durante cinco décadas.
Foi apenas em 2003 que o arquivo foi revelado e uma parte das fotografias foi transformada nesta exposição, com a curadoria de Pablo Ortiz Monasterio, famoso fotógrafo e historiador de fotografia mexicano. Frida Kahlo – As Suas Fotografias dá a conhecer 241 fotografias inéditas que representam diversas fases e pessoas da vida de Frida Kahlo.
A exposição está dividida em seis secções: Origens; Casa Azul; Política, Revoluções e Diego; Corpo Acidentado; Amores; e Fotografia. É possível ainda assistir a um documentário sobre a vida da artista.
A fotografia teve sempre um papel importante na vida de Frida. Os seus pai e avô eram fotógrafos profissionais e ela mesma era apaixonada por esta arte. Numa entrevista concedida à Rádio CBC, Pablo Ortiz Monasterio acrescenta que a própria coleção de fotografias, a forma como foi agrupada e trabalhada, constrói um retrato de Frida.
Parte das receitas de bilheteira reverte para a Associação Salvador, que apoia pessoas com deficiência motora.
A exposição estará patente até ao dia 4 de novembro, no Centro Português de Fotografia (antiga Cadeia e Tribunal da Relação do Porto), podendo ser visitada todos os dias, das 10h às 19h.