Festival Liv(r)e nos dias 24, 25 e 26 de abril: concertos online para cantar a Liberdade.
O Festival Liv(r)e – organizado e programado numa parceria entre o Camaleão, a MPAGDP – A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria e o 23 Milhas – realiza-se, em live streaming, nos dias 24, 25 e 26 de abril, às 21:30, havendo ainda uma emissão especial no dia 25, às 17:30. Doze artistas, em quatro sessões de três concertos de 30 minutos cada, para assistir em direto na página de Facebook d’A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria, sob o comando técnico da Rádio 23 Milhas.
Clã, Galandum Galundaina, João Berhan, Adélia, João Francisco, Pedro Mestre, Mariana Root, Edgar Valente, Quiné Teles, Tiago Sami Pereira, Tiago Jesus e Vasco Ribeiro são os artistas que fazem parte do programa. Oriundos de diversas zonas do país, estão ligados por uma visão comum da música e do seu papel interventivo, construtivo e redentor. Pela palavra, pela composição ou pelo propósito das suas canções, foram selecionados pelos três organizadores para cantarem a liberdade. Entre cada concerto, realiza-se também uma entrevista, com base em algumas das questões colocadas pelo público durante os concertos.
A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria (MPAGDP) mantém o seu inquestionável papel de dar o justo relevo aos artistas que persistem no interior do país afastados das grandes cidades, cultivando os locais onde a arte e a cultura resistem com esforços acrescidos. O Camaleão contribuiu com os novos artistas emergentes que surgem entre o campo e a cidade e que integram o lançamento do catálogo MPP (música popular portuguesa) da editora, e o 23 Milhas – projeto cultural do município de Ílhavo – convocou artistas com carreiras estabelecidas, que fazem da palavra o seu bastão revolucionário. E é de revolução, também cultural, que se pretende tratar.
A emissão, sob o comando técnico da Rádio 23 Milhas, realiza-se no Facebook da MPADGP e é difundida nas páginas de todos os parceiros. No apoio à divulgação, estão o BONS SONS e a Associação José Afonso.
No Liv(r)e, estão assegurados pagamentos aos artistas. E graças às várias equipas que têm feito trabalho voluntário, é possível realizar este evento de acesso liv(r)e. Desta forma, o público é também liv(r)e de contribuir com donativos para um reforço aos artistas e à organização do festival.
Os horários dos concertos serão divulgados ao longo desta semana.
Porque surge o Liv(r)e?
Para garantir que a Liberdade também canta em águas paradas. Que a música popular portuguesa (MPP) irá continuar a sair à rua em abril e a lembrar-se dos vários pontos que a une e que constituem a sua força: a liberdade das canções, das pessoas, das trocas, dos encontros.
A cultura que vive do ajuntamento, da labuta, do amor, precisa de se juntar. Precisa de falar, de cantar e fazer pela revolução cultural dos sítios e dos territórios que urgem ser cuidados, revisitados, reinventados.
Afirmava Zeca Afonso que “a revolução cultural não é eu poder ir tocar a todos os sítios, é ir aos sítios e ouvir a música que é feita lá”.
Em tempos de recolhimento obrigatório, em que as liberdades, os riscos e as proteções de cada um se afetam, se tocam e se contagiam pelo coletivo, chega-se aos outros através de novas formas.
ARTISTAS
Clã (Vila do Conde)
Galandum Galundaina (Miranda do Douro)
João Behran (Lisboa)
Quiné Teles (Ílhavo)
João Francisco (Lousã)
Pedro Mestre (Castro Verde)
Adélia (Vimioso)
Mariana Root (Aljezur)
Tiago Sami Pereira (Guarda)
Tiago Jesus (Loures)
Edgar Valente (Covilhã)
Vasco Ribeiro (Loures)