A edição de 2021 do Festival da Canção RTP, onde será escolhido o artista que irá representar Portugal no Festival Eurovisão da Canção, em Roterdão, nos Países Baixos, arranca este sábado, dia 20 de fevereiro. A primeira semifinal está marcada para as 21h05, em direto na RTP1, na RTP Internacional, RTP Play, nas redes sociais da estação pública, e será apresentada por Jorge Gabriel e Sónia Araújo.
Nesta edição concorrem 20 temas. Na primeira semifinal competem “Love is on My Side” (composta por Tatanka e interpretada por The Black Mamba), “Na Mais Profunda Saudade” (composta por Helder Moutinho e interpretada por Valéria), “Claro Como Água” (composta por Stereossauro e interpretada por mema.), “Cheguei Aqui” (Anne Victorino d’Almeida/Nadine), “Girassol” (Miguel Marôco), “Dia Lindo” (Fábia Maia), “Livros” (IRMA), “Saudade” (Karetus/Karetus & Romeu Bairos), “Contramão” (Filipe Melo/Sara Afonso) e “Mundo” (IAN).
Elisa, vencedora do Festival da Canção em 2020 com “Medo De Sentir”, vai atuar no palco do estúdio 1 da estação pública. A cantora madeirense vai levar o seu novo tema “Na Ilha” que é dedicado à sua terra natal, a Madeira.
Oiça aqui um excerto das canções do Festival da Canção 2021.
COMO SÃO ESCOLHIDOS OS FINALISTAS E O VENCEDOR?
Este ano, a RTP lançou o convite a 20 compositores para que apresentassem uma canção original, inédita, no concurso. A estes juntaram-se dois autores (Marôco e Pedro Gonçalves) selecionados através da livre submissão de canções.
De cada semifinal serão eleitos cinco candidatos para a Final da 54ª edição do Festival da Canção que terá então lugar, no dia 6 de março, e será conduzida pelos apresentadores Filomena Cautela e Vasco Palmeirim. A canção eleita representará Portugal no Festival Eurovisão da Canção, que terá lugar a 18, 20 e 22 de maio, em Roterdão, Holanda.
A escolha dos temas das semifinais é feita com base no televoto e nos votos de um júri: Marta Carvalho (cantora e autora da canção vencedora do Festival da Canção em 2020), Paulo de Carvalho (cantor e vencedor do Festival da Canção nas edições de 1974 e 1977), Rita Guerra (cantora e vencedora do Festival da Canção na edição de 2003), NBC (cantor e finalista do Festival da Canção em 2020), Vanessa Augusto (apresentadora do programa programa “Eléctrico”, da RTP1) e Rita Carmo (jornalista na revista Blitz).
As votações vão decorrer sob um esquema de 50/50: o peso do voto será repartido entre o público em casa e o júri. Na final, as votações do júri serão associadas a sete regiões diferenciadas, contando com Portugal Continental e Ilhas. Em caso de empate, nas semifinais prevalece a escolha do júri e, na final, a do público.
Este ano, e tal como acontece com o Festival da Eurovisão, as pontuações individuais que as canções obtiveram, tanto no voto do júri como no voto do público, apenas serão reveladas depois da grande final no site do Festival da Canção.
As duas semifinais e a final vão decorrer nos estúdios da RTP, em Lisboa, sem a presencia de público. Jorge Gabriel e Sónia Araújo conduzem a primeira semifinal, a dupla Tânia Ribas de Oliveira e José Carlos Malato a segunda. A final está reservada para Filomena Cautela e Vasco Palmeirim. Inês Lopes Gonçalves continua na Green Room.
A música “Medo de Sentir”, interpretada por Elisa e composta por Marta Carvalho, venceu em 2020 o Festival da Canção e deveria ter representado Portugal no Festival Eurovisão da Canção, que deveria ter acontecido nos Países Baixos, mas que foi adiado um ano devido à pandemia da COVID-19.
Em 2021, não há risco de o concurso, que reúne representantes de 41 países, não acontecer, visto que os concorrentes vão gravar as atuações nos seus países.
“Com a Eurovisão 2021 a aproximar-se, podemos agora revelar que todos os participantes terão garantido o direito de participar na competição. Cada país irá criar uma gravação ‘ao vivo’ antes do concurso, que poderá ser usada caso o concorrente não possa viajar para Roterdão devido à pandemia, ou no caso de, já nos Países Baixos, ter de ficar em quarentena”, refere a organização num comunicado divulgado em 18 de novembro do ano passado no ‘site’ oficial do Festival Eurovisão da Canção.
A 65.ª edição do concurso, que se realiza anualmente na Europa desde 1956, deveria ter acontecido em maio de 2020, em Roterdão, mas a União Europeia de Radiodifusão, por considerar que não estavam reunidas condições para a sua realização, devido à pandemia da COVID-19, decidiu adiá-la um ano.
A organização explica que foi pedido a todas as estações de televisão participantes (no caso de Portugal é a RTP) “que gravem uma atuação ao vivo do concorrente no seu país”.
Essa gravação “deverá ser entregue antes do evento, terá de acontecer num estúdio e em tempo real (tal como seria no concurso), sem qualquer edição da voz ou de qualquer parte da atuação, depois de esta ser gravada”.
A organização garante que “um conjunto de diretrizes de produção irá assegurar a equidade e integridade do concurso”.
“Esperemos que todos, ou a maioria, dos concorrentes possam viajar para Roterdão em maio, mas termos a gravação da atuação ao vivo garante que esta será vista por milhões de espectadores, aconteça o que acontecer”, refere a organização.
Portugal participou no Festival Eurovisão da Canção pela primeira vez em 1964, tendo entretanto falhado cinco edições (em 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016).
Entre 2004 e 2007, inclusive, e em 2011, 2012, 2014, 2015 e 2019, Portugal falhou a passagem à final.