“Felix The Reaper” foi lançado a 17 Outubro para Nintendo Switch, PC, PS4 e XBOX One. Este é um jogo em que controlamos Felix numa denomida comédia romântica sobre a morte e a vida. Leia a nossa opinião sobre o jogo.
Análise feita por António Moura.
De vez em quanto, aparece um ou outro jogo indie que recebem algum destaque nas apresentações feitas pelas empresas detentoras de consolas. Felix The Reaper é um desses casos em que recebeu um enorme destaque por parte da Microsoft. Mas será que esse destaque foi merecido?
Primeiramente e, falando do estilo de jogo, Felix The Reaper é apelidado pelos seus desenvolvedores como uma comédia romântica sobre a morte e a vida. E, não haverá mesmo melhor forma para descrever esta aventura em puzzle. Felix, a nossa personagem, é um dos funcionários do departamento da morte. Só que tem dois pequenos problemas: é doido por música e está apaixonado por uma funcionária do departamento da vida. Parece uma história louca, certo?
O objetivo do jogo é, portanto…matar por amor. Passo a explicar, os puzzles onde se desenrolam as missões do jogo têm como objetivo fazer com que Felix leve humanos para a morte para tentar fazer com que a sua paixoneta apareça para os salvar. Mas, o que torna mais hilariante esta forma de matar é como Felix procede. Ele dança, ele vibra ao som da música, ele faz trinta por uma linha enquanto muda objetos de local, ativa mecanismos e leva pessoas para a sua morte, mesmo que não tivesse destinada a acontecer naquele momento. Tudo em prol do amor.
Falando de mecanismos agora, o jogo é relativamente simples de se jogar. No fundo é preciso carregar em pequenos quadrados para controlar Felix mas, tudo feito através das sombras. Isto porque, o sol danifica a nossa personagem dançante favorita e, portanto, é necessário ter cuidado com esse pormenor. Mas, a realidade é que o jogo oferece bastante desafio, especialmente nos momentos finais do jogo, em que fica cada vez mais complexo e é necessário pensar fora da caixa e puxar pela criatividade que nos é oferecida ao longo do jogo.
Outro ponto bastante bom do jogo é, definitivamente, a banda sonora. Banda sonora essa que tem nomes como Mikkel Fiholm e Dreamer’s Circus que vai fazer com que qualquer jogar queira abanar-se ao som das músicas que fazem Felix soltar a sua alma de dançarino prodigioso.
No entanto, o jogo tem dois pequenos problemas, nomeadamente, na versão Nintendo Switch (versão testada) em que podem por vezes aparecerem alguns bugs que prejudicam a jogabilidade e não deixam o jogador avançar e, a longevidade. A história principal tem apenas entre 4 a 5 horas de gameplay que aumentam através do modo hardcore, que aumenta a dificuldade das missões num nível absurdamente alto.
Resta concluir que, Felix, The Reaper é uma bela surpresa em termos de jogos indie e que fará qualquer um querer conhecer esta simpática personagem e dançar ao ritmo da banda sonora do jogo. Um jogo a ter em conta para quem gosta de puzzles, música e morte.