Segundo a companhia, os assinantes do serviço Disney+ terão de pagar um preço suplementar de 29,99 dólares (25,4 euros), para além do valor normal da subscrição.
“Estamos a olhar para ‘Mulan’ como um caso isolado em vez de significar um novo modelo de negócio”, afirmou o presidente executivo da Disney, Bob Chapek, na apresentação de resultados da empresa, citado pela Variety.
O filme, uma versão de ação real do original de animação “Mulan”, teve um orçamento de produção de 200 milhões de dólares e era apontado pela indústria como uma das maiores estreias do verão, antes de ser adiado repetidas vezes.
Baseado no original da Disney, lançado em 1998, que por sua vez adapta a lenda chinesa de Hua Mulan, o filme retrata a história de uma jovem que se disfarça de guerreiro para salvar o pai. O original faturou mais de 300 milhões de dólares a nível mundial e foi nomeado para Globos de Ouro e Óscares, para além de ter vencido vários prémios de animação Annie.
Outra das grandes estreias do verão, “Tenet”, de Christopher Nolan, terá um lançamento internacional faseado a partir de 26 de agosto, chegando aos Estados Unidos uma semana depois.
Na semana passada, a Paramount revelou ter passado para 2021 alguns destaques deste ano, como as sequelas de “Top Gun” ou “Um Lugar Silencioso”.
Também as estreias dos novos filmes das sagas “Avatar” e “Guerra das Estrelas” foram adiadas um ano, para 2022 e 2023, respetivamente.
Hollywood está há mais de quatro meses sem um lançamento de grande dimensão em sala.
A sequela de “Um Lugar Silencioso”, com John Krasinski e Emily Blunt, passou para 23 de abril 2021, em vez da abertura prevista em setembro deste ano, enquanto “Top Gun: Maverick”, com Tom Cruise, tem nova data de estreia em 02 de julho de 2021.
A covid-19 teve um impacto enorme na indústria cinematográfica, paralisando produções de cinema, levando ao encerramento de salas, ao adiamento de festivais de cinema e à reflexão sobre estratégias de exibição cinematográfica envolvendo, sobretudo, as plataformas de ‘streaming’.
As salas portuguesas de cinema, que reabriram em 01 de junho, tiveram cerca de 12.400 espectadores em junho, o que representou 1% da assistência registada em junho de 2019.
Antes da COVID-19, a média mensal de assistência nas salas de cinema rondava um milhão de espectadores.
TEXTO: Lusa