Após um concerto no Porto no dia anterior, mais precisamente no Hard Club, a dupla canadiana energética desceu à capital para apresentar o novo álbum da banda, “Amnesty (I)”, e a nova vocalista Edith Frances que entrou para o lugar de Alice Glass.
Num Paradise Garage composto por uma base de fãs da banda já bem consolidada no nosso país e por alguns curiosos, Ethan Kath e Edith Frances subiram a palco ao som de Requiem In D Minor de Wolfgang Amadeus Mozart, momento de serenidade antes do caos que viria de seguida, tanto a nível visual como musical. Com a intermitência das luzes do palco a aumentar de intensidade, começou-se a ouvir as primeiras notas de Concrete, single do novo álbum. O público rejubila com uma boa entrada da banda, e são feitas as primeiras avaliações à nova vocalista, e ouvem-se também as inevitáveis comparações a Alice. O autor deste artigo não teve a oportunidade de ver a banda actuar com Alice Glass, portanto não fará comparações entre ambas.
As músicas que se seguiram foram Baptism e Suffocation, mantendo o ritmo alto e o som semelhante a um jogo electrónico dos anos 90. Abrandando depois com Char, onde se notou a dificuldade de se ouvir a voz de Edith, tanto devido a acústica do local como devido à sobreposição sonora dos sintetizadores. Edith não foi a única prejudicada nesse aspecto, pois o baterista de apoio Christopher Chartrand sofreu do mesmo.
Portanto os melhores momentos do concerto foram os que envolveram as músicas mais poderosas do catálogo da banda como Intimate, Kerosene e Crimewave demonstraram, sobressaindo assim os pontos fortes da banda canadiana, a intensidade que conseguem aplicar nas músicas, e as boas misturas por parte de Ethan.
Fleece veio confirmar a boa recepção do novo álbum, e que de facto a dupla composta por Ethan e Edith está mais à vontade com as músicas compostas pós-Alice Glass.
Até ao Encore ainda houve tempo (tempo existia, porque o concerto terminou após 1H15m) para uma mal amanhada Untrust Us em que o público presente poderá ter pensado que seria apenas um sample e que a música seria executada no Encore.
Não se confirmou, o Encore teve Femen (que serviu o propósito, boa escolha para a segunda entrada em palco), Wrath of God, e para terminar aquele que será provavelmente o maior exito dos Crystal Castles, Not In Love.
Findo o concerto, pode-se dizer que os Crystal Castles cumpriram e que serão sempre bem recebidos em Portugal, mas não deverá ficar na memória da maior parte do público presente.
NOTA: Fotografia disponibilizada pela Everything is New
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