Dez anos depois de o primeiro filme do Homem de Ferro ter estreado nos cinemas, chega agora “Vingadores: Guerra do Infinito” (Avengers: Infinity War), o culminar de toda esta longa viagem do Universo Cinematográfico da Marvel.
Com o poderoso Thanos a chegar com o objetivo de conquistar as seis Pedras do Infinito espalhadas por vários sítios, os Vingadores têm de se juntar novamente para o deter, sacrificando tudo.
O filme prometia um confronto decisivo e, para além disso, prometia também vários encontros entre todas as personagens que fomos conhecendo ao longo destes dez anos: Homem de Ferro e Doutor Estranho, Guardiões da Galáxia e Thor, Capitão América, Viúva Negra, Hulk, Feiticeira Escarlate, todos reunidos.
Este é um daqueles filmes que nos deixa a pensar. Quando acabamos de o ver não sabemos se gostámos ou não e é impossível pensar nele a quente.
Em primeiro lugar, é preciso destacar a maneira como as personagens se vão conhecendo. Vários encontros eram inesperados e é engraçado ver como estas personagens tão distintas se vão relacionando. E é importante não esquecer que todas as personagens têm “universos” muito próprios que foram perfeitamente recriados neste filme. Com tantos espaços diferentes e coisas a acontecer ao mesmo tempo, o filme é capaz de se manter sempre coerente.
Em segundo lugar, é necessário referir os efeitos visuais. Pensem em todos os filmes da Marvel que viram e no quão bons eram visualmente; “Infinity War” consegue ser ainda melhor. É um daqueles filmes que merecem ser vistos em todo o seu esplendor, em IMAX.
Em terceiro lugar, também podemos destacar a banda sonora. Mesmo quando não damos conta, a música está sempre presente e é essencial. Também é curioso ver que, por momentos, temos o “estilo” de música dos Guardiões da Galáxia quando estes aparecem pela primeira vez no filme.
Agora temos de referir também os aspetos menos positivos, que, felizmente, são poucos. Algo que não esteve tão bem no filme foi o exagero de piadas em contextos menos apropriados. Tudo neste filme cheira a guerra e morte, mas, ainda assim, existem demasiadas piadas… Sim, a maioria destas personagens têm um excelente humor, mas ainda assim sentimos que algumas piadas não ficam bem em algumas situações.
Por outro lado, e levando este aspeto negativo para um lado mais positivo, é preciso admitir que grande parte das piadas são realmente engraçadas e levam ao riso. Por isso, menos mal…
Agora, algo que nos divide neste filme é o final. Um final inesperado, que a uma primeira vista parece servir apenas para lançar os próximos filmes da Marvel. Um final em aberto, que nos leva a pensar em tudo o que vimos durante as duas horas e trinta minutos de filme e que nos leva a refletir sobre o que está por vir. Acaba por ser um final que nos deixa com um enorme vazio. E é possível que não agrade a muita gente…
Com este final, duvidamos sobre o que é que a Marvel fará nos próximos filmes. E acreditamos que o seguimento que for dado em “Captain Marvel” e no próximo filme dos Vingadores, que ainda não tem título mas que será lançado no próximo ano, dará relevo ou trairá este filme.
“Vingadores: Guerra do Infinito” (Avengers: Infinity War) é uma conclusão de um ciclo de dez anos de filmes do MCU, e cremos que será um filme que deixará todos os fãs a discutir durante meses sobre o que aconteceu e o que virá no futuro. No fundo, se estivermos perante algo que origine tantos tópicos de conversa, então é porque a Marvel ganhou. Ganhou com este “Vingadores: Guerra do Infinito”, e ganhou com o universo que criou.