“Um Lugar Silencioso” é um filme realizado por John Krasinski que é protagonizado pelo mesmo e pela sua mulher, Emily Blunt. É um thriller que nos apresenta uma família que vive em pleno silêncio porque existem criaturas escondidas no meio da floresta que estão sempre prontas para caçar através do som.
A premissa do filme é simples: se as personagens não fizerem barulho, a criatura não as mata. Mas este é um filme que acaba por ser de terror e, por isso, felizmente, as personagens fazem alguns barulhos que levam a grandes momentos de tensão, bastante bem conseguidos.
Para quem gosta de filmes de terror e, acima de tudo, gosta de ter uma boa história combinada com alguns momentos de suspense e até mesmo alguns sustos, “Um Lugar Silencioso” revela ser o filme perfeito. Temos sequências que são mesmo capazes de provocar alguns jumpscares, mas, ao contrário de muitos filmes do género, a narrativa nunca é posta de lado. É um filme que assusta, mas que consegue ser bastante coerente.
O que torna este filme genial é a maneira como brincou com o som. Parece irónico falar do som num filme em que deveria reinar o silêncio, mas, na verdade, não existem tantos momentos silenciosos no filme como seria de esperar. Alternâncias entre alguma banda sonora e elementos naturais como o rio são capazes de enaltecer o suspense e o mistério do filme, mas o grande destaque vai para o som das frequências dos aparelhos de som de Regan Abbott (interpretada por Millicent Simmonds), a filha do casal interpretado por Blunt e Krasinski.
Curiosamente, é de referir que Millicent é realmente surda na vida real, o que ainda dá mais credibilidade ao filme. Na verdade, o filme torna-se excelente também devido às grandes performances por parte de todos os atores presentes.
No final, “Um Lugar Silencioso” é um filme que nos consegue provocar várias reações e sentimentos: medo, arrepios, suspense, mas, acima de tudo, presenteia-nos com um final que consegue partir-nos e aquecer-nos o coração ao mesmo tempo.
Sem dúvida que este é um daqueles filmes que ficam para a história, nem que seja apenas neste género cinematográfico.