“O Chefe” (“Jefe”) é um filme espanhol realizado por Sergio Barrejón que conta com a atriz colombiana Juana Acosta e com a atriz portuguesa Dalila Carmo.
O filme apresenta-nos César (interpretado por Luis Callejo), o CEO de uma empresa, que está a passar por uma má fase na sua vida, depois de uma grande discussão com a sua mulher. Por sua vez, a empresa também não está no seu melhor e começam a existir cada vez mais problemas, em grande parte pelo facto de César ser um chefe odiado pelos colegas – e também por existir muita corrupção na empresa.
Certa noite, César conhece Ariana (Juana Acosta), uma empregada de limpezas, com quem ele rapidamente se começa a dar bem. Esta rapidamente se torna numa aliada inesperada e também, sem querer, em algo mais.
O filme apresenta-se como uma comédia e realmente tem algum humor negro. Mas, infelizmente, falha completamente no seu propósito de fazer rir, tornando-se até mesmo aborrecido.
A história que nos é apresentada é pouco aprofundada e acontece demasiado rápido para o espaço de tempo que nos é indicado (uma semana). É tudo tratado apenas de um modo superficial e rápido, o que faz com que uma mínima distração seja crucial para se entender o filme.
Porém, nem tudo é mau. Por isso, é de referir o modo interessante como as personagens principais são apresentadas: com movimentos de câmara que percorrem os atores dos pés à cabeça.
Também é de referir que no que toca a representações, os atores principais têm desempenhos bastante interessantes, especialmente Luis Callejo. A sua personagem sofre um grande progresso ao longo do filme: no início encontramo-lo completamente perdido, num carro junto a um Clube de prostitutas, mas no decorrer do filme este começa a querer assentar a sua vida e esforça-se para que os problemas da sua empresa se resolvam.
O resultado de “O Chefe” é um filme que quer abordar vários temas (como a corrupção no trabalho, as imigrações, a família) de um modo um tanto cómico. No entanto, falha a expor os seus assuntos e também a ser uma comédia.