“Bumblebee” é um filme realizado por Travis Knight, que conta com Hailee Steinfeld e John Cena nos papéis principais. Pela primeira vez, temos um filme do universo de “Transformers” que não é realizado por Michael Bay, ainda que este se apresente como produtor, tal como Steven Spielberg se apresenta novamente como produtor executivo.
Neste filme, que podia muito bem ter sido o primeiro filme da saga “Transformers”, somos apresentados às origens de Bumblebee e ficamos a conhecer como este chegou ao planeta Terra e como conheceu a jovem Charlie (interpretada por Hailee).
Logo nos minutos inicias deste filme é possível perceber um dos seus grandes pontos positivos: a banda sonora. Grandes êxitos dos anos oitenta começam a tocar e a cada música que passa ficamos mais encantados com a escolha musical, que ajuda a levar-nos para o tempo em que o filme ocorre (os anos oitenta), provocando uma imensa nostalgia.
Ao contrário de muitos filmes da saga “Transformers”, neste “Bumblebee” não temos apenas autobots a lutar. Temos personagens que são bem-apresentadas e exploradas e, acima de tudo, temos uma história interessante e coerente, capaz de nos provocar inúmeros sentimentos, que levam a uma aproximação com as personagens.
Os atores têm um bom desempenho, claramente com destaque para Hailee Steinfeld, que quase carrega o filme nos seus ombros, pois é a sua personagem que gera muitos acontecimentos. Também John Cena é merecedor de destaque, num papel de vilão que é demasiado humano para ser mau.
O resultado de “Bumblebee” é um filme fresco e nostálgico, que certamente no final nos vai deixar a todos com vontade de sermos Charlie a guiar o seu carro extremamente feliz ou de ser Charlie pelo simples facto de esta ter um “amigo” como Bumblebee.
Este filme é a prova de que, por vezes, uma saga precisa de seguir um novo caminho e mudar as suas características principais: os filmes de “Transformers” já há algum tempo que não nos apresentavam conteúdo diferente; este “Bumblebee” finalmente trouxe algo que o público queria e mostrou-nos o lado mais humano dos autobots.