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Crítica Cinema – “Aquaman”

Crítica Cinema – “Aquaman”

James Wan é um realizador que associamos essencialmente ao género de Terror e quando surgiu a notícia de que este ia realizar um filme de super-heróis uma coisa era óbvia: ou esse filme seria bom ou seria um tremendo fiasco, especialmente tendo em conta os recentes filmes do universo da DC Comics.

Cá estamos e “Aquaman” chegou finalmente aos cinemas, trazendo novamente Jason Momoa no papel do poderoso homem-peixe, depois de este já ter sido apresentado anteriormente em “Justice League”.

O filme apresenta-nos, então, Arthur Curry (Jason Momoa), um rapaz nascido do amor entre um mortal e a rainha de Atlântida, Atlanna (Nicole Kidman), que descobre que é o herdeiro ao trono. Mas para ser merecedor de tal título, tem de partir numa grande aventura, acompanhado por Mera (Amber Heard) e constantemente a ser perseguido por quem lhe deseja a morte.

Através dos trailers era bastante percetível que este filme era uma produção arriscada, especialmente tendo em conta a quantidade de elementos e cenários que são criados em computador. O receio de mais um filme negro neste universo era bastante justificável, no entanto acaba por não passar disso: apenas um receio.

“Aquaman” apresenta-se carregado de cenários coloridos e bastante pormenorizados, com criaturas incríveis a nadar por todo o lado. O próprio reino de Atlântida é incrível e leva-nos a pensar no quão magnífico é assim que somos levados pelo portão de entrada pela primeira vez.

O filme tem muitas cenas de ação e talvez isso acabe por ser um pequeno problema. Temos uma repetição de cenas, que tornam previsíveis as chegadas do inimigo. Quando tudo parece estar calmo, dá-se quase sempre uma explosão. À primeira vez, damos um pequeno jumpscare; à segunda vez já não nos afeta tanto, mas ainda assim sentimos um certo desconforto; mas quando chega a terceira vez, que traz a derradeira entrada do vilão, já não ficamos minimamente surpreendidos e a sua chegada perde todo o impacto que devia ter.

No que toca à história, esta está bastante coerente, mas apresenta algumas cenas que não parecem concordar com o resto do filme, tal é a diferença do tom. Ainda assim, o facto de termos precisamente cenas mais sensíveis ajuda a tornar o filme mais humano e faz com que não seja apenas um filme de ação com super-heróis.

A banda sonora do filme é bastante interessante, muito dentro do estilo da de “Wonder Woman”. No entanto, temos também músicas num estilo mais pop e até mesmo covers de músicas bastante conhecidas, que marcam a diferença pela positiva e dão um toque moderno ao filme.

A nível de prestações, Jason Momoa e Amber Heard são quem se destaca, especialmente por serem quem mais tempo de antena tem. Mas também Patrick Wilson, Willem Dafoe e, especialmente, Nicole Kidman brilham nos seus papéis, bastante distintos daquilo a que estamos habituados a vê-los.

O resultado de “Aquaman” é então um bocado de água fresca no meio deste fogo infernal que têm sido algumas das últimas produções da DC. Trocadilhos e ironia à parte, este é um filme bastante interessante e visualmente incrível, que certamente vai conquistar os fãs da personagem.

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