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Cool Jazz: Marisa Monte igual a si própria

Cool Jazz: Marisa Monte igual a si própria

Marisa Monte convidou Carminho em boa hora, mas desse encontro falaremos mais tarde. Tratemos o concerto pela sua ordem cronológica.

Marisa Monte não surpreendeu, transmitiu emoção q.b., tal como o seu estilo particular nos habituou. Provavelmente os seus fãs não concordarão, mas quando nos lembramos de outras intérpretes brasileiras, dos mais diversos estilos, e com os mais diversos timbres vocais, que têm a capacidade de emocionar com uma simples nota, não podemos incluir a cantora nesse grupo, apesar de ser uma das melhores.

Contudo, foi excelente a sua actuação. Como não podia deixar de ser, um dos momentos altos do concerto foi a interpretação de “Maria de Verdade”, onde teve oportunidade de soltar o seu lado teatral e performativo em todo o seu esplendor. Houve tempo e espaço para revisitar os seus êxitos e usufruirmos da sua guitarra, ora suave, ora forte e autoritária

Mas temos que reconhecer que tudo se transformou com a entrada da voz quente e do sentimento transbordante de Carminho, as duas vozes juntas combinam na perfeição. E a guitarra portuguesa, tocada eximiamente, enriqueceu o som da excelente banda de Marisa.

Cantaram Tribalistas e Secos e Molhados, numa homenagem a Portugal, que a cantora brasileira quis fazer com “O Vira”, que usou como “encore” com este único tema.
De referir o momento emocionante da evocação do profeta gentileza, em que Marisa Monte contou a sua história, que conta também na internet, quando cantaram em dueto “Gentileza”.

Valeu!
Na primeira parte actuou Ana Gomes, uma jovem cantora, que conta com um trabalho discográfico, em português, “Balanço”, com composição de Tozé Brito e produção de André Sarbib, classificado como smooth jazz.

Quanto a Ana Gomes, apresentada como cantora de jazz, fez-se acompanhar por bons músicos do género, com alguns excelentes apontamentos durante os solos que criaram. No que se refere a Ana Gomes, podemos dizer que tem uma voz bonita e jazzy, no entanto, gostávamos de ter ouvido diálogo com os instrumentos e algum improviso mais vincado.

O cool jazz está de parabéns. Foi uma excelente edição, um excelente cartaz. Afinal o 13 pode dar sorte.

Fotos: Ana Dinis

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