Rage sempre foi um jogo que sempre fez lembrar o universo Mad Max. Agora está de volta e nisso continua exactamente na mesma. Talvez fique um pouco perdido no universo onde se enquadra, visto que em nada é original.
Este jogo vai buscar muito a DOOM, em que a jogabilidade é quase igual, com aqueles movimentos rápidos, mas sem a violência das finalizações de DOOM. No entanto, não deixa de ter violência!
Depois, tem elementos claros de Borderlands… mas já o primeiro tinha e portanto não ia ser novidade. Porém, agora com o anúncio de Borderlands 3, este é um excelente jogo para ir atiçando ainda mais a vontade.
As viagens de carro podem fazer lembrar o jogo do Mad Max, que também andavas por esses desertos fora, aos tiros, num ambiente pós-apocalíptico. A diferença aqui é que tens centenas de km sem ver vivalma e andas para ali à espera que algo aconteça e acaba por não acontecer nada… Ou seja tem um pouco de três jogos que, a meu ver, são excelentes.
Este jogo tanto tem momentos excelentes, como tem inúmeras missões completamente entediantes.
Ele começa com a escolha entre um personagem masculino ou feminino, e depois começa o típico guia de como jogar o jogo, mas já no meio de um tiroteio. O resultado dessa guerra é a razão pela qual vais entrar na batalha da tua vida. Sinceramente achei a história muito fraca sem grande conteúdo e sem originalidade, este jogo merecia mais nesse departamento. Até porque, sendo um jogo de mapa aberto, é preciso uma boa história para agarrar o jogador.
Para compensar isto, tens zonas com batalhas épicas com centenas de inimigos a quererem te matar, principalmente quando queres conquistar zonas. Um conselho? Faz bastante loot, porque isso vai te ajudar bastante no desenrolar da história.
Se seguires só as missões principais vais ter umas 9 horas de jogo. Tens mais conteúdo, mas sinceramente não encontrei uma missão secundária que realmente me fizesse perder esse tempo e, portanto, o jogo acaba por ser mais curto que o primeiro.
Penso que ia gostar mais de Rage se não fosse mapa aberto e tivesse uma história a unir as missões todas, de forma clara, e não te deixasse muitas vezes no deserto a explorar zonas de batalha só por loot.
O jogo tem excelentes armas, e nisso não pouparam esforços. Tens todos o tipo de armas e também todo o tipo de carros, e ainda podes ir fazendo upgrades. Estes são o maior trunfo da Rage 2 a seguir ao combate. Há montes de melhorias… no início até te podes perder com tanta opção. Todas as suas armas e habilidades podem ser alvo de upgrades para adaptar ao teu estilo de jogo.
Os efeitos sonoros estão incríveis e tu sentes mesmo que estás no meio de uma guerra. É simplesmente um dos melhores sons que podes encontrar nos jogos nos dias de hoje.
Graficamente o jogo também não desilude de todo, com efeitos audiovisuais topo de linha. Nesse departamento o jogo tem as sombras certas, os efeitos de pó certos, tudo está mesmo incrivelmente bom, isto avaliando pela versão de PS4, a que tivemos a oportunidade de usar.
As batalhas são, sem dúvida alguma, o ponto alto do jogo. Quando vais tentar conquistar uma zona e centenas de adversários vão aparecendo, tu sentes mesmo o poder do jogo, e vais certamente passar um bom bocado a jogar Rage 2. Já a parte do carro desilude, porque aquele deserto pedia mais, mas muito mais… e tinha toda a potencialidade para te fazer passar horas a vasculhar todos os cantos. Assim, serve apenas para chegar à próxima zona de exploração.
Este jogo teve uma campanha de marketing super forte em que se focava no caos e na destruição. Acaba por fugir um pouco disso e construir um mapa de mundo aberto, com demasiadas brechas que nos fazem perder do foco principal do jogo. Tinha e tem tanto por onde explorar! Vamos esperar por uns DLCs que mudem esta minha opinião sobre este Rage 2.