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Análise Gaming – FIFA 20 (Playstation 4)

Análise Gaming – FIFA 20 (Playstation 4)

Mais um ano, mais um FIFA. E desta vez regressa com o futebol que muitos de nós já experimentaram: o de rua. VOLTA Football é o nome de uma das maiores novidades da edição deste ano, mas FIFA 20 não fica por aí. Saiba a nossa opinião sobre FIFA 20.

O inicío de cada época futebolística é sempre recebida de forma entusiástica pelos amantes do desporto-rei. Depois de passadas as primeiras jornadas, o entusiasmo não passa, apenas muda de foco, passa-se a esperar ansiosamente pelos reis do relvado digital. Enquanto que a luta entre os simuladores se mantém acessa entre os fãs de cada franchise, todos os anos são feitos milhares de vídeos e artigos comparativos ao mais ínfimo detalhe sobre FIFA e PES em que existe (quase) sempre uma opinião bem vincada por cada um deles.

Pois bem, FIFA 20 já se encontra nas lojas há duas semanas, e já conseguiu atingir um número recorde de jogadores. Já são mais de 10 milhões os jogadores que já experimentarem a edição deste ano, segundo números publicitados pela própria EA. Grande parte desses jogadores terão sentido um upgrade na jogabilidade em relação à edição do ano passado. São várias as pequenas modificações que acabam por tornar FIFA 20 uma experiência mais agradável do que o jogo anterior. Sente-se em campo as melhorias implementadas na física da bola (fazendo até lembrar a forma com a bola rola no PES), no primeiro toque, no aproveitamento das características físicas de cada jogador e principalmente nas bolas paradas.

Se nos últimos anos qualquer jogador que soubesse jogar minimamente FIFA marcava golo em cada livre perto da área ou em cada canto marcado para a entrada da pequena área, em FIFA 20 isso já não é assim. Em relação aos livres directos e penáltis foi implementado um modo mais complexo de marcação das bolas paradas que reduziu drasticamente o número de golos fáceis (devo informar que ainda não consegui meter uma bola dentro da baliza num livre directo). Está muito mais difícil, e requer habituação, mas não é um sistema impossível de mestrar e acaba por trazer mais valor às bolas paradas realmente bem marcadas. Os cantos mantém-se no mesmo formato, mas foram refinados para que não hajam tantos golos nesses lances.

Nada de revolucionário, mas suficiente para manter milhões agarrados até ao próximo ano. E se em campo o nível mantém-se, resta saber como é que FIFA 20 responde fora dele. Era sabido de antemão que o jogo perderia um dos seus maiores destaques, o modo História de Alex Hunter que tinha terminado no ano passado, e que a Juventus, uma das maiores equipas do mundo, não estaria licensiada no título deste ano. Perdas conhecidas e colmatadas com diversas novidades. A maior delas é o VOLTA Football. O modo que traz o futebol de rua de regresso aos videojogos depois do grande sucesso que foi FIFA Street. Mas ao contrário do que muitos esperavam, este modo não tenta recriar em momento algum a diversão e experiência que Street oferecia.

VOLTA Football é, de forma resumida, FIFA num campo pequeno. Controla-se muito similarmente ao controlo nos relvados, mas com maior ênfase no jogo curto, no drible com a bola agarrada ao pé, como realmente é feito na rua. É um tributo aquilo que conseguimos ver nas ruas. Não há cá Gamebreakers que nos façam humilhar facilmente o amigo que nos enfrenta.

Em VOLTA Football temos a possibilidade de experienciar um modo História que permite aprender e perceber como devemos jogar em campos mais apertados e com disposições tácticas diferentes. Neste modo jogamos contra equipas controladas pela IA, intercaladas por cutscenes em que percebemos por onde a carreira do nosso jogador passa. Se The Journey era um dos vossos modos preferidos nos jogos anteriores, sentir-se-ão em casa aqui. Se quiserem jogar contra adversários humanos online, terão o VOLTA League para se entreterem.

O Modo Carreira traz novidades também, nomeadamente ao nível das interacções com os jogadores, tentando emular o espírito do Football Manager, e com conferências de imprensa pré e pós-jogo, que enriquecem a experiência. Novidades que acabarão por agradar todos os fãs do modo, mas que não acabam por ser tudo aquilo que era esperado.

Para além disso, inicialmente foram encontrados alguns problemas neste modo, como o facto dos grupos da Liga dos Campeões não reflectirem os grupos reais da edição deste ano. Esse foi um dos problemas já corrigidos depois do lançamento, mas existem outros exemplos de incoerências relatados por jogadores deste modo. Não faz sentido acontecer este tipo de problemas no lançamento de um título.

Os Amigáveis House Rules foram enriquecidos em FIFA 20 com mais opções divertidas como  King of the Hill (luta pela possessão da bola por multiplicadores de golos) ou Mystery Ball (cada vez que a bola sai de campo, entra uma que pode oferecer boosts de golos ou poderes), e estes modos também foram adoptados pelo Ultimate Team, com mais modos exclusivos como Swaps (3 jogadores de cada equipa são trocados, aleatoriamente).

Num ano em que tanto FIFA como PES deixaram no ar a ideia de que ambos já aguardam ansiosamente pela nova geração de consolas (visto que as inovações ao nível da jogabilidade e de motor de jogo escasseiam cada vez mais), FIFA 20 conseguiu reforçar a diversão que pode ser tida em FIFA. A aposta de FIFA 20 em trazer o futebol de rua como grande novidade deste ano é certeira. Pode saber a pouco, pois a verdade é que os jogadores passam a maior parte do seu tempo no Ultimate Team, mas acaba por conseguir justificar o investimento feito pelos jogadores em FIFA 20.

FIFA 20 não marca uma revolução nesta era Frostbite (o motor do jogo adoptado pela série desde 2016), nem inova o suficiente em campo para se demarcar da iteração do ano anterior, mas é o jogo que mais e melhor diversão oferece aos jogadores. Em termos de modos de jogo, é difícil bater FIFA 20. Para além dos já habituais Ultimate Team, Modo Carreira, Liga dos Campeões, Pro Clubs, Online Competitivo, juntam-se VOLTA Football e mais alguns modos amigáveis que prometem marcar presença em muitos encontros de amigos em casa. Enquanto a EA for conseguindo oferecer tanta diversidade de conteúdo em cada FIFA, dificilmente perderá o seu estatuto nos relvados virtuais. Esperamos para ver como FIFA se comportará na nova geração de consolas.

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