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Análise Gaming | “Observer” (Nintendo Switch)

Análise Gaming | “Observer” (Nintendo Switch)

“Observer” é o equivalente em videojogo de um casamento entre o filme “Blade Runner” e o livro “1984”, com umas pitadas de terror psicológico. Lançado inicialmente em 2017, “Observer” chega agora à Nintendo Switch. Saiba o que achamos do jogo.

Muitos podem pensar que as consolas da Nintendo normalmente são palco de jogos direccionados para o público mais jovem. E para quem não conhece bem o catálogo da Nintendo Switch, esse pensamento poderá manter-se. Para quem conhece bem a consola e o catálogo disponível, sabe bem que isso não é verdade. A Switch posiciona-se cada vez mais como uma consola para todas as gerações, oferecendo títulos de qualidade para todas as faixas etárias. “Observer” vem confirmar esse facto.

O título, originalmente lançado em 2017 para a PS4, XBOX One e PC, chegou à Nintendo Switch no mês passado e já o experimentámos de forma a ver o que traz de novo até à consola portátil da gigante nipónica. Infelizmente o “port” para a Switch não traz grandes novidades. Tirando a vibração dos Joy-Cons (e que ajudam a aumentar a imersão no jogo), pouco mais há a dizer para quem já jogou o jogo noutros sistemas.

A adaptação à Switch sofre com as limitações da consola, nomeadamente em relação ao framerate (não raras vezes, deparámo-nos com quebras de frames, principalmente em cenas com maior número de objectos e eventos no ecrã). Para quem nunca experimentou “Observer”, tem aqui uma boa oportunidade de o fazer. Apesar de alguns pontos negativos em relação às outras versões disponíveis, a verdade é que a portabilidade oferecida pela consola compensa e bem essas falhas.

“Observer” é um título de terror psicológico que nos mete na pele de Daniel Lazarski, um Observer numa Polónia futurista em 2084, após receber uma chamada estranha do seu filho. Essa chamada coloca-nos numa busca incessante pelo filho num bairro marginalizado. Daniel tem a capacidade de se ligar directamente à mente das vítimas que encontra no seu trabalho, ajudando-o a fazer o seu trabalho de investigação.

Esta é a premissa do jogo, e mais é complicado de dizer sem acabar por estragar um pouco a experiência do jogador, pois “Observer” é um jogo que muitos consideram de “walking simulator”, ou seja acabamos mais por experienciar uma narrativa do que tomar parte activa nela. Quem não gosta deste tipo de jogos, poderá ficar de pé atrás com “Observer”.

Mas se o fizerem, estarão a deixar de parte um dos universos mais interessantes saído de um estúdio indie (neste caso a polaca Blobber Team). A criação de universo cyberpunk assolado de crime e medo é desolador. É uma verdadeira junção de “Blade Runner” com “1984” (é possível encontrar a magnífica obra de George Orwell nos primeiros minutos de jogo).

Para ajudar a essa comparação temos Rutger Hauer, o Roy Batty em “Blade Runner”, a dar voz à personagem principal do jogo. A juntar ao excelente trabalho vocal de Rutger (e não só), temos ainda uma sonoplastia capaz de deixar muitas produções com maiores orçamentos invejosas.

“Observer” não é perfeito, e esta adaptação para a Nintendo Switch não melhora os problemas anteriores, trazendo ainda outros, como a quebra de frames por segundo em alguns momentos de maior actividade no jogo. No entanto, esta versão do jogo beneficia de dois aspectos essenciais: portabilidade e a vibração dos Joy-Cons. Se ainda não experimentaram “Observer”, têm aqui uma boa oportunidade. O mundo e a temática merecem-no.

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