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Super Bock Super Rock 2019 – 5 concertos imperdíveis de 18 de Julho

Super Bock Super Rock 2019 – 5 concertos imperdíveis de 18 de Julho

Saiba o que esperar do primeiro dia (18 de Julho) do Super Bock Super Rock 2019, de volta ao Meco. Conheça os 5 concertos que destacamos do cartaz do primeiro dia do Super Bock Super Rock.

O Super Bock Super Rock está de regresso ao Meco. E tem um primeiro dia recheado de grandes nomes firmados, e outros promissores que não quererão deixar esse estatuto por mãos alheias.

Para facilitar a vida dos festivaleiros, e lhes permitir o usufruto na totalidade do festival, deixamos aqui as nossas sugestões para o primeiro dia do Super Bock Super Rock 2019. Fiquem com os 5 concertos que achamos que nenhum festivaleiro deve perder nesse dia:

Cat Power – 19:15 – Palco Super Bock

Charlyn Marie Marshall é Cat Power para o mundo da música – um mundo que não fica indiferente às suas canções já há mais de 20 anos. O pai era um pianista focado no blues e o padrasto tinha uma colecção de discos invejável, cheia de soul e rock. Estas influências fizeram com que a jovem Marshall começasse a escrever as suas canções bem cedo, contra as indicações dos pais – os verdadeiros amantes da música conhecem os perigos da sua paixão… E a primeira apresentação pública mais a sério deu-se num pub em Brooklyn, algures entre 1992 e 1993, já sob o nome de Cat Power. A partir daí, começa a desenhar-se um um dos percursos mais interessantes dos últimos trinta anos de música indie. Nesses primeiros anos conheceu referências como Liz Phair, Steve Shelley (Sonic Youth) e Tim Foljahn (Two Dollar Guitar), nomes que logo a encorajaram a gravar as primeiras canções e, consequentemente, também os primeiros discos. “Dear Sir” (1995) e “Myra Lee” (1996), gravados num só dia, em Nova Iorque, já nos diziam muita da personalidade artística de Cat Power. O talento era mais do que evidente e surgiu o convite para assinar com a editora Matador e gravar aquele quer seria o seu terceiro disco: “What Would the Community Think”. A ansiedade de Cat fez com que se mudasse para a Carolina do Sul e desse um tempo à música. E esse hiato só foi interrompido à conta de um pesadelo, um sonho inquietante que foi também uma espécie de visão do seu disco seguinte. “Moon Pix”, editado em 1998, apareceu-lhe em sonhos e era impossível dizer que não a esse chamamento. Cat Power estava de regresso e esse registo parecia mais adulto e polido do que os anteriores, uma tendência que veio a confirmar-se nos discos seguintes, “You are free”, com as participações de Eddie Vedder e Dave Grohl, e “The Greatest”, provavelmente o disco mais bem sucedido até então. A ansiedade e a depressão foram fantasmas que continuaram a pairar sobre a vida de Cat Power e, por isso, também sobre as suas canções, pelo menos até “Sun”, editado em 2012, aquele que é o disco mais luminoso da carreira da cantora. E seis anos depois, Cat Power regressou aos discos como com “Wanderer”. Editado em 2018, este discos é uma espécie de síntese de todos os outros discos, voltando a fórmulas que conhece bem, ao mesmo tempo que entra em diálogo com aquilo que de melhor se vai fazendo no presente

Jungle- 21:00 – Palco Super Bock

Josh Lloyd-Watson e Tom McFarland são os amigos de infância que lideram os Jungle, uma banda formada em 2013 e que, desde aí, têm sido uma das referências quando se fala na melhor música soul dos nossos dias, recheada de elementos funk, falsetes irresistíveis e um gosto especial pelo palco. E como estas ideias musicais pediam mais do que dois homens atrás dos seus computadores portáteis, a formação cresceu – hoje são sete músicos em palco, a dar tudo em cada canção e a fazer uma festa capaz de fazer mexer até a plateia mais empedernida. E quando se diz que os Jungle são uma das melhores bandas do mundo ao vivo, não se está mesmo a exagerar. Nasceram em 2013 e, no mesmo ano, logo impressionaram o público com singles tão potentes como “Platoon” ou “The Heat”. O álbum de estreia só poderia estar para breve e foi mesmo isso que aconteceu com a edição de um registo homónimo, editado em 2014. O público e a crítica ficaram rendidos à atmosfera proposta pelos Jungle. Dentro de uma ideia neo-soul e com pitadas de psicadelismo, os Jungle não negam as influências do melhor funk da década de 70, mas também se ouvem os ecos de bandas mais recentes, como os Tv On Radio ou os Gnarls Barkley. E ao som de canções como “Busy Earnin” ou “Time”, passamos a acreditar que o corpo humano foi feito para dançar e pouco mais. “For Ever”, o último álbum, saiu em setembro de 2018. Los Angeles é o pano de fundo para as novas canções, mas a identidade mantém-se, sem complicar muito – e o público adorou, claro. “Heavy, California”, “Happy Man” ou “House In L.A” são as melhores provas de que a festa vai continuar, com a mesma alma e uma energia verdadeiramente contagiante

The 1975 – 22:30 – Palco Super Bock

Já se sabe que os ingleses são de confiança quando o assunto é entregar pop /rock feito com bom gosto; e Manchester é uma cidade que traz consigo um selo de qualidade a esse nível (The Smiths, Oasis…) Os 1975 integram-se nessa boa tradição britânica e são um dos projetos mais cativantes dos últimos anos. A escolha do nome não foi fácil (antes foram Talkhouse, The Slowdown, Bigsleep, Blind Tapes, Drive Like I Do…), mas acabaram por ficar 1975, um nome que parecer combinar com o espírito da banda. Às vezes não é preciso inventar muito: nestas coisas do rock e da música popular, já tudo foi inventado, e não há mal nenhum em fazer simples, direto ao ponto e com vontade de divertir toda a gente. E só depois, sim, virá o gosto pela experimentação. Esta é a filosofia; e o talento vem de Matthew Healy, Ross MacDonald, Adam Hann e George Daniel. Eis os 1975!

Metronomy – 23:30 – Palco EDP

Joe Mount, o líder dos Metronomy, não foi sempre a estrela indie que nós hoje conhecemos. Começou por ser um jovem de 25 anos, a tentar ser cool a todo o custo (e sem sucesso), muitas vezes bêbado, solteiro e sem grandes expectativas de vida. As boas canções também nascem de circunstâncias deste género, como bem sabemos, e Joe Mount sempre foi bom a despertar emoções nos outros, até quando se começou a apresentar como DJ em certos clubes de Brighton. Seguiram-se os projectos The Upsides and The Customers, mas o sucesso só chegou com os Metronomy. “Pip Paine (Pay the £ 5000 You Owe)”, o disco de estreia, passou despercebido, mas Joe Mount continuava a explorar o estúdio, empenhado em casar a eletrónica com a pop, quase sozinho e inspirado por nomes como Prince. “Night Out”, o segundo disco, ainda não correspondeu a uma explosão de popularidade ao nível do talento de Joe, o que só viria a acontecer com “TheEnglish Riviera”, editado em 2011. Os arranjos mais pop de composições como “The Look” e “Everything Goes My Way”, conquistaram o público e a crítica e colocaram nos Metronomy na linha da frente das bandas indie com vocação para as pistas de dança. “Love Letters” seguiu o mesmo bom caminho e o último disco, “Summer 08”, editado em 2016, marca a chegada à idade adulta, com a coragem de abordar as sombras do passado, mas sem nunca perder a leveza que os caracteriza.

Lana del Rey – 00:15 – Palco Super Bock

Nasceu Elizabeth Woolridge Grant, mas uma confiança no misterioso poder da arte fez com que viesse a viver outras vidas dentro da sua, como a vida de Lana Del Rey, umas das personagens pop mais fascinantes dos últimos anos. Um tio ensinou-a a tocar guitarra; na universidade estudou metafísica. E não é preciso dizer muito mais – eis elementos mais do que suficientes para explicar a formação da artista. Como acontece com tantos outros, a guitarra foi uma espécie de arma apontada a si própria para que se obrigasse a soltar os sentimentos que estavam presos dentro de si. Havia por lá muita coisa boa – e ainda bem para nós.

É a rapariga dos dias de hoje e da casa ao lado, aquela que encontramos no café da cidade, a ler um livro ou distraída com os seus próprios pensamentos, e é, ao mesmo tempo, aquela rapariga que nos faz querer viver num outro tempo, encantados com um glamour que não se fica pelo filtro retro que aplicamos às nossas fotografias: aqui trata-se mesmo de um diálogo genuíno com as referências do passado, musicais ou cinematográficas (quem se lembra dos filmes de James Bond?), sem nunca deixar de habitar a sua própria personalidade artística, lânguida e delicada, sempre convincente e identificada com uma estética americana bem familiar a todos nós. E assim nos convencemos de que meter o “hipster” dentro do “pop” não tem de ser uma má ideia, esquecendo até um certo sentido pejorativo de cada uma destas palavras – e já só a querer saber da música. É essa a magia de Lana Del Rey.

Caso não concorde com estas nossas escolhas, existem muitas outras opções. Pode também fazer o seu planeamento, seguindo os horários oficiais do festival e as opções de transporte que o festival oferece nesta edição:

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