The Last of Us Part II chega novamente às mãos dos jogadores, desta vez numa versão remasterizada e que poderá ser considerada como a versão definitiva para a PlayStation 5. Saiba tudo o que The Last of Us Part II Remastered inclui e a nossa opinião sobre esta versão do jogo.
2020 ficou marcado, no que ao mundo dos videojogos diz respeito, pelo lançamento da sequela aguardada de The Last of Us. A sequela, com Part II no seu título, surpreendeu e chocou muitos pelas suas decisões narrativas, devido também ao facto de como é que a grande parte dos jogadores tomou conhecimento de algumas dessas decisões.
Com o surgimento da pandemia mundial no início de 2020, The Last of Us Part II foi adiado da sua data inicial de Fevereiro para uma altura mais tardia desse ano, e no mês de Abril a Naughty Dog sofreu um leak quase sem precedentes que revelou pontos fundamentais da história de The Last of Us Part II. Esse leak, dentro da bolha de internet em que cada um de nós coabita, originou opiniões e motivações fortes (poderão ler um artigo meu sobre o Review Bombing que o jogo sofreu no lançamento) sobre um jogo que ainda não tinha sequer sido lançado.
Desde o momento em que os créditos do jogo original passaram, a maioria dos fãs do título pretendiam saber o que iria acontecer às personagens que rapidamente passaram a aceitar como suas.
Por isso, continuar a história deste universo seria sempre uma tarefa hercúlea para a Naughty Dog, principalmente, tendo demorado 7 anos a fazê-lo. Para desenvolver uma nova obra que mexesse em algo que foi tão importante para os jogadores como foi para a equipa que o desenvolveu teria de haver uma história que Neil Druckmann quisesse de facto contar.
The Last of Us Parte II é uma história de vingança, e isso fica latente logo nas primeiras horas do jogo. Ao contrário da Parte I, em que éramos incubidos de realizar uma missão com o qual simpatizávamos desde início, em The Last of Us Parte II a premissa é violência pura e vingança a todo o custo. É uma história que impele o jogador a passar por uma pletora de emoções, passando rapidamente da felicidade até à irritação ou desespero.
The Last of Us Part II Remastered é, na minha opinião, uma excelente oportunidade para quem não jogou o original na altura (seja porque motivo for) perceber a obra-prima que é. É um jogo geracional que me marcou e que recomendo pessoalmente a qualquer pessoa.
Um ponto importante que gostaria de destacar nesta minha análise prende-se com o upgrade path deste título. Os jogadores que já compraram The Last of Us Parte II para a PS4 e quiserem fazer upgrade para uma versão digital de The Last of Us Parte II Remastered poderão fazê-lo em lançamento por apenas 10€. Tendo em conta as melhorias e adições que esta versão oferece, se são fãs deste jogo e da série, torna-se difícil não reconhecer o valor dado pelo preço pedido.
Vamos então falar das novidades desta versão. A principal é o novo modo roguelite No Return, onde podemos controlar várias personagens do universo de The Last of Us Part II num modo de sobrevivência concebido para que os jogadores sobrevivam o máximo de tempo que conseguirem em cada tentativa e escolherem o seu caminho por uma série de encontros aleatórios, com diferentes inimigos e locais do jogo, culminando em batalhas intensas contra bosses. Neste modo é possível personalizar praticamente tudo, desde a jogabilidade através de modificadores que nos obrigam a jogar de determinada forma ou o visual das personagens que queremos experimentar. E cada personagem tem as suas características físicas que influencia a forma como iremos jogar cada nível e desafio.
No Return é um modo que oferece aquilo que por vezes é apontado como crítica ao jogo: diversão. A trama de The Last of Us Part II é emocionalmente pesada e para muitos jogadores isso impede-os de se divertiram com as mecânicas de jogabilidade, furtivas e de ataque, tão bem construídas e que são bastante melhores do que o que encontramos no primeiro jogo da franquia.
No entanto, tenho de admitir que não fiquei tão “agarrado” ao modo como esperava, creio que isso tenha sido por culpa do que a Santa Monica entregou com God of War Ragnarok Valhalla, que também é na sua essência um modo roguelike mas que na minha opinião oferece mais diversão e complexidade ao expandir a história pessoal de Kratos.
Tivessem estes dois modos sido lançados com um espaço temporal superior entre ambos, a minha conexão com No Return seria certamente maior, e acredito que lá voltarei recorrentemente nos próximos meses.
Lost Levels oferece uma pequena amostra do trabalho dos programadores e da Naughty Dog, apresentando três níveis não terminados que ficaram de fora do jogo final e sobre os quais podemos perceber que caminhos a história podia ter tomado e como é que o jogo se comporta num estado de desenvolvimento longe de completo. De realçar que os comentários dos developers também podem ser ouvidos nas cutscenes da campanha do jogo, explicando em muitos momentos as tomadas de decisões do estúdio.
O Guitar Freeplay é mais um extra interessante para fãs do jogo, permitindo utilizar a interface para tocar guitarra (ou banjo, por exemplo) que é parte integrante da campanha. Aqui, tal como no No Return, podemos experimentar várias personagens, incluindo o próprio criador da banda-sonora, Gustavo Santaolalla (como se pode ver na imagem abaixo).
As melhorias técnicas são mais notórias na utilização das capacidades do DualSense. Lembrando que o jogo originalmente foi lançado apenas para PS4, e como ainda não tinha experimentado o título na PS5 com a retro-compatibilidade da consola, a inclusão dos 60fps fazem diferença para destacar o quão fluída é a jogabilidade do jogo. Graficamente, ao nível da renderização e dos detalhes, não notei grande diferença da experiência original, mas o jogo em 2020 já apresentava uma bitola muito elevada nesse ponto.
The Last of Us Part II Remastered é um título necessário para os fãs da série, pois esta versão é uma excelente desculpa (também devido ao preço reduzido do upgrade) para voltarem a experienciarem novamente este capítulo na série, com a adição de novidades que prometem deliciar os fãs e os curiosos como é o caso dos Lost Levels e dos comentários dos elementos envolvidos na criação do jogo, passando a ideia de que esta versão assemelha-se ao que costumamos ver no mundo do cinema com os Director’s Cut.
Para além disso, o modo No Return dá um novo destaque às mecânicas de jogabilidade de The Last of Us Part II e demonstra o quão bom mecanicamente é este jogo. Para quem não quer passar novamente pela montanha-russa emocional da campanha, No Return é uma excelente adição que só por si vale os 10€ de admissão.
Se ainda não jogaram The Last of Us Part II, do que estão à espera? The Last of Us Part II Remastered estará disponível a 19 de Janeiro para a PlayStation 5.
The Last of Us Part II Remastered - Análise Gaming (PlayStation 5)
The Last of Us Part II chega novamente às mãos dos jogadores, desta vez numa versão remasterizada e que poderá ser considerada como a versão definitiva para a PlayStation 5. Saiba tudo o que The Last of Us Part II Remastered inclui e a nossa opinião sobre esta versão do jogo.
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