Primeiro cruzeiro do mundo com zero emissões: dados e aprendizagens da MSC Cruzeiros

A primeira viagem de cruzeiro do mundo com zero emissões de gases com efeito estufa (GEE) realizada pelo MSC Euribia marca uma mudança de paradigma para os cruzeiros. A viagem pioneira provou que os cruzeiros com zero emissões já são possíveis hoje em dia, significativamente antes do objetivo de 2050 para a indústria.

Desempenho e eficiência energética

Durante a viagem de quatro dias, o MSC Euribia teve um desempenho 11% melhor do que a sua versão virtual, alcançando uma poupança global de 43 toneladas de combustível. Perfis de velocidade otimizados, itinerários, configuração de acabamento e motor, e otimização rigorosa do consumo de energia do hotel, incluindo HVAC, cozinhas e iluminação, garantiram que o MSC Euribia nunca tivesse de usar mais de dois dos seus quatro motores disponíveis durante a viagem.

Todo o calor necessário para as cozinhas, sistemas de aquecimento e água quente a bordo foi recuperado dos motores do MSC Euribia, o que significa que não houve necessidade de utilizar as caldeiras durante toda a viagem.

Reconhecimento e parcerias

A viagem pioneira do MSC Euribia rumo às zero emissões de gases com efeito estufa foi recentemente reconhecida na indústria de cruzeiros ao receber o prémio de “Iniciativa de Sustentabilidade do Ano 2023 nos Seatrade Cruise Awards 2023, anunciado a 6 de Setembro em Hamburgo, Alemanha.

A obtenção do objetivo das zero emissões só foi possível graças à utilização de bio-LNG como combustível. A MSC Cruzeiros assinou recentemente uma Carta de Intenções (“LOI”) com a Gasum, um fornecedor de combustível, proporcionando à MSC o acesso ao gás natural liquefeito ou e-LNG, um combustível renovável produzido a partir de hidrogénio, criado por hidrólise com energia renovável e carbono capturado.

Compromisso com a sustentabilidade

A MSC Cruzeiros está comprometida com a implementação de combustíveis renováveis e com a aceleração de transição energética para zero emissões. A intensidade das emissões das suas operações com navios diminuiu 33,5% desde 2008 e alcançará uma redução de 40% antes da meta IMO para 2030.

Estão a ser exploradas novas tecnologias e a mudança para combustíveis renováveis e sem carbono, como os biocombustíveis avançados e o biogás. No futuro, o hidrogénio verde e o metanol verde provavelmente contribuirão para a descarbonização da indústria, assim como os combustíveis eletrónicos sintéticos.