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“The Outer Worlds” (PS4) | Análise Gaming

Depois de uma das mais desastrosas sequelas algumas vez feitas com Fallout 76 pela Bethesda, eis que nos chega The Outer Worlds da Obsidian, jogo que se veio encaixar que nem uma luva para os fãs antigos de Fallout.

Ao contrário de Fallout 76, que nos chegou com um jogo vazio em história, este chega com uma história super interessante, e cheio de personagens carismáticos. Se és fã de Fallout então fica connosco, que vais certamente querer saber mais sobre este jogo, até porque Tim Cain e Leonard Boyarsky são dois dos criadores originais da série Fallout e os diretores de The Outer Worlds.


Phineas Vernon é um cientista que se encontra fugido, usando a nave “Hope”, nome este que não foi escolhido à toa (em português significa esperança), que era uma nave usada para a colonização. Neste processo, rapta o personagem com que nós jogamos… nós seríamos as pessoas responsáveis por colonizar o sistema Halcyon, mas, tal como no Alien, fomos esquecidos na nave numa espécie de “coma induzido” e estaríamos perdidos pelo espaço há já alguns anos.

Phineas Vernon precisa de fugir e nós temos de tudo fazer para salvar os nossos colegas que se encontram na nave e, com isto, vamos então conhecer um enredo que envolve vários planetas.

Começando então pela criação do personagem, este sistema é altamente personalizado e este factor é importante no jogo, porque, quando deixamos o personagem parado algum tempo, a câmara sai para uma perspectiva em terceira pessoa e conseguimos ver bem o personagem criado. Em relação à criação do personagem propriamente dito, nada de novo, mas extremamente bem conseguido. Podemos escolher cara, barba, cor dos olhos, tatuagens etc… nada que afecte o gameplay, ao velho estilo RPG.

Começamos, então, a nossa aventura em Terra 2, um dos planetas desta constelação. Vamos aqui tentar ir buscar uma nave do cientista, mas a nave não está pronta para descolar. Temos, como é óbvio, de ir buscar alguma peça que faça com que ela possa levantar voo. É aqui que temos várias opções para a ir buscar: podemos ir numa base de mauzão e matar tudo; podemos negociar, etc… Ao longo desta fase, vamos conhecendo alguns dos personagens chave do jogo e alguns bem carismáticos.

Tens de ter muito cuidado com o que escolhes, porque tudo o que fizeres vai ter impacto no futuro do teu gameplay: se matas alguém, podes ter de sofrer consequências disso no futuro; se vais roubar e és apanhado, vais ter de lidar com essa situação.

O próprio jogo incitia a exploração dos vários pontos dos planetas. Vais querer conhecer bem as motivações de cada personagem e depois sim escolher um lado, ou escolher um caminho. O jogo tem uma história bem rica e grande, superinteressante e não te vai apetecer passar um único diálogo à frente.

The Outer Worlds oferece de tudo: resolves problemas à base da bala, à base do diálogo, à base do stealth, tudo está bastante bem equilibrado.

Neste jogo, os teus companheiros podem ou não acompanhar-te, é uma escolha tua. Para eles te seguirem, tens de seguir a história e ficar a conhecer cada um deles. Eles podem ajudar-te, mas podes, ao sair para fazer uma missão, escolher quais vêem e quais ficam. Tu é que comandas e tens controlos para eles te seguirem ou não. Se um companheiro cai durante uma batalha, ele só se irá levantar no fim de combate, se tu matares todos os restantes inimigos. Aqui achei que o impacto poderia ser maior. Estes companheiros também têm uma história por si mesmos e podem ser responsáveis por te darem side missions.

E desenganem-se se acham que as side missions têm uma história fraca… antes pelo contrário, têm histórias bem interessantes e que completam em parte a história principal, e acabas por ir fazendo algumas só porque queres saber mais.

Aqui não vai faltar suspense na história, mas não pensem que isto é uma história extremamente séria! Obviamente que também tem humor pelo meio.

Os gráficos estão bonitos, mas sofrem um pouco com o frame rate, que demora a abrir texturas, principalmente quando chegamos a uma zona nova. A versão de PS4, que tivemos a oportunidade de jogar, sofria deste mal. Este tempo de abertura de frames reduz na PS4 Pro, mas ainda está presente… não é preocupante, mas está lá. Outra coisa que podia ser melhorada é a animação quando, sobre escadas que basicamente não existem, ele não mete a mão no corrimão para subir, ao velho estilo do CS. Gostava de ver isto num jogo de 2019.

A clara influência de Fallout está presente durante todo o jogo (apesar deste viver de uma personalidade muito própria) não apenas no enredo e no estilo de jogo, mas na própria aparência dos personagens e NPCs e também na maneira de interagir com algumas coisas.

Porém, como é óbvio, também tem algumas coisas que vão fugir ao universo Fallout.

Na secção de melhorar o teu personagem, claro que funciona com níveis que vais aumentando consoante vais fazendo missões ou matando inimigos e depois podes usar esses pontos para melhorar o teu personagem. Contudo, aqui trabalha inicialmente por secções: podes aumentar a secção de combate meele ou aumentar o sector das armas de longo alcance e, depois, quando já tens um nível considerável, vais poder aumentar individualmente, por exemplo, as armas de munição pesada ou leve etc..

Podes aumentar um pouco de tudo no teu personagem: tens uma secção para as conversas que podes aumentar, por exemplo, a tua capacidade mentir, ou a secção em que podes aumentar a tua capacidade de roubar cofres. Além destes melhoramentos, ainda tens os perks que te vão dando capacidades e, assim, ajudando-te e aos teus companheiros durante o gameplay.

O loot é muito importante,, pois neste jogo ajuda bastante. Tudo o que morre deixa algum loot, assim como gavetas, etc… Ah, e atenção para não seres apanhado a roubar!

Alguns dos conhecidos processos complicados de Fallout, aqui estão bem mais simplificados… é mais uma questão de gosto pessoal, fazendo até lembrar o Bioshock em algumas opções. O foco foi todo para o enredo e foi, sem dúvida, uma opção bastante válida.

Demorei perto de 30 horas a acabar o jogo, com toda a calma do mundo, e foi uma experiência impressionante. Gostei do enredo, da banda sonora e fiquei a querer saber mais. É, com toda a certeza, um jogo a jogar, principalmente para os fãs do género. 

 

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