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Crítica: “O Jardim das Borboletas”

Crítica: “O Jardim das Borboletas”

O livro, editado pela Suma de Letras, “O Jardim das Borboletas” é o livro de estreia no género, da escritora Dot Hutchison e é uma leitura perturbadora, que nos cativa logo desde o primeiro momento e não conseguimos parar de ler até chegarmos ao fim da história.

Na sinopse do livro podemos ler: “Perto de uma mansão isolada, encontra-se um jardim com flores exuberantes, árvores frondosas e… uma coleção de preciosas borboletas. Jovens mulheres sequestradas e tatuadas para se parecerem com esses belos insectos. Quando o jardim é descoberto pela Polícia, Maya, uma das vítimas, ainda se encontra em choque e o seu relato está cheio de fragmentos de episódios arrepiantes, no limite da credibilidade. O que esconderão as suas meias palavras?

Este livro é o primeiro volume daquela que será uma trilogia, para já intitulada “O Coleccionador” e que começou da melhor forma para a escritora.

A história é divida em três partes e é narrada por Maya, a uma dupla de agentes do FBI e percebemos desde logo que a jovem foi resgatada de uma espécie de jardim, onde tanto ela como tantas outras mulheres foram mantidas prisioneiras ao longo de vários anos. Maya relata detalhadamente os aspectos mais importantes da sua vida durante o tempo que esteve no jardim, assim como a sua infância e adolescência fora do jardim.

É um livro que tanto nos choca e nos deixa perturbadas como nos deixa absolutamente hipnotizadas e cativadas com a história. É um thriller psicológico, que começa, ao contrário de grande parte dos livros do género, com o crime já descoberto e os culpados, em parte identificados. Aqui é uma das supostas vítimas que nos relata o que aconteceu, deixando os leitores na dúvida se também ela é cúmplice no crime ou se é apenas uma vítima.

A personagem principal, Maya, é uma rapariga inteligente e com um grau emocional muito elevado, não se deixando abater com qualquer coisa, nem tão pouco se deixa levar pelas emoções. A personagem está muito bem conseguida, deixando nos sentir empatia por ela e por tudo o que passou ao longo dos anos.

Na minha opinião, é um livro fascinante, que nos deixa em parte aterrorizadas a pensar “e se fosse comigo?” o que o torna um pouco mais próximo da realidade e mais longe da ficção. No entanto, uma nota negativa ao livro é a forma como termina, faz me lembrar o último livro da trilogia “Hunger Games“, ambos terminam de forma apressada, dando a ideia de que não podiam escrever mais nada.

É uma excelente opção para lerem nos próximos tempos, pois é capaz de deixar qualquer um arrepiado quando começa a perceber a história e o que acontece naquele que poderia ser um belo jardim, mas que na verdade é muito mais do que isso. No entanto, contem com um final um tanto apressado, que me deixou um a querer saber um pouco mais.

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