Luis Cortez, jogador do Belenenses que se encontra emprestado ao Atlético Clube de Portugal deu recentemente um entrevista ao blog Sou Atlético que abaixo transcrevemos na integra.
É um dos mais jovens do plantel, com percurso feito nas camadas de formação do Sporting, chegou a internacional pelas selecções jovens de Portugal e agora o Atlético é a sua casa.
Falamos de Luís Cortez. Jovem, de uma simplicidade e humildade genuínas, de sorriso fácil. Recuperou da lesão que o apoquentou durante o último mês e está com fome de bola. Fomos ao seu encontro para saber um pouco mais da sua vida, do seu percurso e das suas ambições.
Como é a tua vida fora do futebol?
A vida extra-futebol é casa. Descansar, ou ir até ao café com os amigos, nada de extraordinário.
Foi complicado lidar com a saída do Sporting?
Foi um bocado complicado lidar com a saída do Sporting. Estamos habituados a uma realidade diferente, a pensar que vamos para outro lado e que nada vai ser igual, não vamos ter as condições que temos. É um bocadinho complicado, mas isso é algo que acabei por conseguir encaixar bem. É continuar a trabalhar.
Assinas então pelo Belenenses e és emprestado ao Torreense. Era algo que esperavas?
Foi algo que não estava à espera, não. Devido à pré-época que fiz no Belenenses. As expectativas que eu tinha não eram aquelas, mas pronto. Fui emprestado e teve que ser.
Esta época, novo empréstimo, desta vez ao Atlético…
Pois (risos)… É uma segunda liga, dá para mostrar o meu valor. Tenho de trabalhar para o conseguir e o resto vem com o tempo.
Sendo dois clubes rivais, sentiste, de alguma maneira, essa rivalidade?
Sinceramente não. Já tinha ouvido falar da rivalidade, mas não tinha a noção real do que era. Mas já deu para entender que os adeptos de ambos os clubes não vão com a cara uns dos outros (risos).
O Atlético era aquilo que estavas à espera?
O que eu estava à espera era ficar no plantel do Belenenses. Mas surgiu o empréstimo e estou aqui de coração. Gosto de cá estar, das pessoas, dos adeptos. Vou trabalhar para ganhar o meu lugar aqui no clube, que é um grande clube.
Começaste a titular, depois veio uma lesão, tem sido complicado superar?
Tem sido, sobretudo, uma recuperação lenta. Não estava à espera do que tinha na realidade. Ao fim de três semanas comecei a ficar preocupado. Tudo indicava uma entorse, mas na realidade era uma fractura. Tem sido difícil não tocar na bola, mas tem de ser, tenho de recuperar plenamente. Uma palavra de apreço e gratidão pela nossa Ritinha, que foi inexcedível durante todo o processo de recuperação.
O nome que mais se destaca, pela sua história e qualidade, é o de Silas. Como é trabalhar com um jogador como ele?
É um privilégio muito grande. O Silas tem um grande nome, todos sabem quem é o Silas. Para além de um grande profissional é um grande senhor. Está sempre a ensinar e a incentivar, dentro de campo ou fora dele. E às vezes dá umas “duras”, mas tudo para sermos melhores a cada dia que passa.
Foi recente, mas lembraste da tua estreia oficial pelo Atlético?
Lembro, foi contra o Desportivo das Aves, aqui em casa.
Numa equipa rodeada por tantos problemas, como tem reagido o grupo?
Relativamente a isso, temos um grupo forte. Estamos a par do que se passa mas não nos deixamos ir abaixo por esses problemas. Temos que construir a nossa família dentro do balneário e de estar unidos. O que vem de fora… Isso tratam entre eles, nós fazemos o nosso trabalho.
O regresso à selecção, está nos teus planos?
Sempre esteve. É sempre um orgulho representar o nosso país. Vou trabalhar para isso e depois logo se vê, pode ser que volte a ter esse privilégio.
Define o Atlético.
Agora apanhaste-me (risos). Boa pergunta! Não estava à espera disso. Há muitas pessoas aqui a quererem o bem do clube. Sem essas pessoas, se calhar, o Atlético não era o que é actualmente. É um histórico que merece respeito, com uma massa adepta muito apaixonada. Sentimos isso. A camisola pesa.
Uma palavra para os adeptos.
Não deixem de acreditar nesta equipa. Temos muito valor no balneário e vamos demonstrá-lo durante a época.
Texto: Hugo Costa
Fonte: Sou Atlético