Em dois anos, Rui Pedro Soares equilibrou as contas e a equipa | Dedicação, contenção e persistência explicam sucesso | O que poderá seguir-se?
Chegou ao clube em dezembro de 2012 e desde então o Belenenses não mais parou de subir, leiamos de Rui Pedro Soares, que detém mais de 50 por cento do capital social do emblema de Belém, comprado a um cêntimo cada ação, numa soma que parecia irrisória: 519 euros!
Sem preço
Assim se pode chamar ao trabalho desenvolvido no clube de Belém, que além dos jogadores, equipa técnica, estrutura, formação, prospeção, infraestruturas, mística e objetivos do grupo, que se tem por família, tem agora o que se poderia considerar um… bom chefe de família, entre os adultos que compõem a restante administração da SAD. E foi ele, o antigo administrador da Portugal Telecom, que tomou o leme da sociedade desportiva numa altura em que estava prestes a abrir falência.
Degrau a degrau, os objetivos foram sendo cumpridos. Primeiro na subida de divisão (patamar de que os azuis estavam ausentes desde 2009), depois na manutenção, conseguida a custo (na última jornada!) e após as saídas de Van der Gaag e Marco Paulo (treinador dos juniores que assumiu a liderança devido aos problemas cardíacos do holandês) e da chegada de Lito Vidigal, na 24.ª jornada.
A serenidade prevaleceu e as ideias de Rui Pedro Soares também. Mesmo quando no início da presente temporada, o treinador reivindicava por mais reforços.
“O Lito é uma pessoa ambiciosa e é normal que queira ter mais e melhores jogadores. Admito que ficasse mais contente se pudesse ter o James
Rodríguez, o Neymar ou o Cristiano Ronaldo. Eu estou muito contente, quer com o treinador, quer com os jogadores», disse na altura. O presidente manteve-se fiel ao princípio do o que é nacional é bom e, chegados à décima jornada, a razão parece estar do lado dele.
E subida parte da escadaria, o que resta? Continuar a subir e a traçar novas metas. Os 20 pontos e o quarto lugar fazem sonhar com outros voos e, apesar das cautelas em falar do assunto, como evitar não pensar em bater à porta europeia?
por LETÍCIA NETO
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Fonte: Crónicas Azuis