Luis Santos 
Final Ibérica no Campeonato da Europa de sub-17. Frente a frente equipas com o mesmo registo: quatro vitórias e um empate. A selecção das quinas mostrou um futebol mais acutilante chegando à final com 14 golos marcados e nenhum sofrido.
Os pupilos de Hélio Sousa começaram nervosos e, nos primeiros momentos do jogo, os espanhóis tinham mais bola. A partir dos dez minutos de jogo os jovens lusos iriam tomar conta do jogo com excelentes incursões no ataque de ambos os laterais. Aos 27 minutos esses envolvimentos no ataque deram frutos. Rúben Vinagre centra, José Gomes desvia de peito e Diogo Dalot remata forte para dentro da baliza espanhola. Portugal materializava o domínio. Logo após o golo português, os espanhóis reagem, chegando ao golo cinco minutos depois por intermédio de um canto. Canto na direita, desorientação na defesa portuguesa após um primeiro cabeceamento e, à boca da baliza, Brahim Díaz restabelece o empate com que as equipas foram para os balneários.
Na segunda parte a Espanha repetiu a dose. Foi dominando a bola e a iniciativa de jogo mas seria Portugal a (quase) marcar. Domingos Quina, o número 10 português, baila à frente de um defesa espanhol e remata forte fazendo a trave abanar. O jogo entrou numa fase típica de uma final. Muito calculismo de parte a parte, sempre à procura do erro adversário sem nunca arriscar em demasia. Houveram algumas oportunidades para ambos os lados mas ninguém resolveu o jogo, evitando a marcação de grandes penalidades.
Portugal nunca se deu muito bem com os castigos máximos. No Europeu sub-21 de 2015 foram a sina dos treinados por Rui Jorge. Porém, e ao contrário do que seria de esperar, a marcação das penalidades foi decidida pelo poste. Apenas na quinta tentativa espanhola e com o jovem a falhar é que Portugal festejou.
Portugal repete, assim, o feito de 2003 e volta a festejar um Campeonato da Europa da categoria.
