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EDP Cool Jazz: Obrigado, Seal!

EDP Cool Jazz: Obrigado, Seal!

Começou completamente “Crazy”, o concerto do músico, cheio de energia e boas vibrações. Seal apresentou-se com a sua humildade habitual, criando a empatia necessária à sua entrega total. Ou seja, a cumprir a sua função – ser artista. Emocionou, fez sorrir, dançar, sonhar e pensar. Tendo estado em Saint Tropez, na véspera, foram sentidas as suas palavras quando se referiu a Nice. Foram parcas, mas emocionadas, não foram lamechas nem demagógicas. Disse ter pedido vinte segundos de silêncio aos franceses, mas ia ser diferente, ia-nos pedir que celebrássemos o amor, no fundo, a vida.

Foto: Ana Dinis

Durante o concerto pudemos ouvir músicas, de uma carreira com quase 26 anos, como “Killer”, “Love’s Divine”, ou “Daylighter Saving”, do seu último trabalho “7”. Ainda nos brindou com a sua vertente acústica onde interpretou alguns temas, dos quais nos permitimos destacar: “Love” e “Don’t Cry”. Aliás, a estrutura habitual dos seus concertos. Mas funciona e sabe bem.

Foto: Ana Dinis

Por esta altura já ninguém duvidava da sua sinceridade. Após cada tema o seu “obrigado” era perfeito, quis saber se tínhamos passado bem desde que cá tinha estado a última vez, não precisou de falar de futebol, sentimo-lo como um amigo de casa. Só insistiu tratar Oeiras por Lisboa, tenho a certeza que ninguém se ofendeu.

Foto: Ana Dinis

Se o público começou o concerto completamente “Crazy”, terminou-o “Mad”, quando este acabou com “The Right Life”. Mas sabia a pouco, não porque o artista não tivesse dado tudo de si, mas porque ninguém queria encarar o frio que estava e que Seal enganava. Até o cenário nos abraçava, mudando, segundo o tema, de gotas suaves de chuva a ondas de mar morrendo na areia, pombas brancas voando no céu ou formas com cores psicadélicas, quando, após “Kiss from a Rose” das pétalas esvoaçantes, Seal terminou o encore com “Life on the Dance Floor”.
Por fim, despediu-se oferecendo-nos o seu coração.

Foto: Ana Dinis

Mas houve mais, antes da actuação de Seal foi a vez dos HMB apresentarem a sua música e sua performance. Ontem falei da sua juventude, mas que não é isso que impede uma banda ou grupo de sentir e transmitir com a alma.
É de dar os parabéns à forma como as palavras, em português, soam colocadas e ditas (cantadas) na música, o que tanto falta à maioria dos cantores/intérpretes portugueses. Parabéns. Quanto ao ritmo está lá, impossível resistir. Soul, r&b, tanto faz, estão no seu caminho e de forma coerente. De referir as suas coreografias bem-dispostas que completam o espectáculo.

Mais um dia ganho pelo festival mais cool de todos.

Fotos: Ana Dinis

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