Redação 
Depois do anúncio do fim da banda, em Maio, e da conclusão da Tour de Despedida, no dia 18 de Outubro, os Diabo Na Cruz lançam agora um vídeo de despedida como homenagem ao grupo e agradecimento a todos os que os acompanharam ao longo de 11 anos de carreira.
Desde a sua formação, em 2008, e do lançamento do primeiro álbum “Virou!”, em 2009, a banda apresentou uma proposta musical única na forma como casou elementos de música tradicional portuguesa com sonoridades contemporâneas, e acabou por desempenhar um papel vital na recuperação de especificidades culturais para a musica moderna nacional da última década.
Canções como “Os Loucos Estão Certos”, “Dona Ligeirinha”; “Luzia”, “Vida De Estrada”, “Ganhar O Dia” e, mais recentemente, “Malhão 3.0” tornaram-se êxitos reconhecíveis pelo público português, distinguindo-se pela utilização de referências do quotidiano actual em convivência com imagens populares pertencentes ao nosso imaginário colectivo.
Os concertos de Diabo Na Cruz, descritos muitas vezes como arrebatadores, ajudaram a banda a angariar uma enorme falange de apoio junto da audiência nacional e serão recordados pela natureza fervorosa e incansável dos fãs do grupo, que fizeram de cada concerto um ritual onde eles próprios eram um espectáculo dentro do espectáculo. Ao longo da carreira, a banda apresentou-se em grandes salas de concertos nacionais, em festivais de rock, em festivais de músicas do mundo, em festas locais e em festivais do circuito independente, num percurso que culminou nos concertos dos Coliseus de Lisboa e do Porto, em Novembro de 2018.
Os Diabo Na Cruz, deixam uma obra composta por 50 canções distribuídas em 4 álbuns e um EP de originais, um álbum ao vivo e centenas de concertos que ficam na memória de quem neles esteve presente. A obra do grupo revelou ser uma história com princípio, meio e fim, anunciada desde as primeiras canções. Começa com “O Regresso Da Lebre”, do álbum “Virou!”, e termina com “Portugal”, do álbum “Lebre”.
Com o vídeo para “Balada”, os Diabo Na Cruz concluem a sua história. Trata-se de uma canção acerca da natureza transitória das vinculações humanas onde nem sempre longe da vista equivale a longe do coração. A canção é narrada do ponto de vista de um pai que se dirige a um filho mas, neste caso, pode também ser lida como mensagem universal de confiança e de respeito na hora de deixar ir aquilo que nos é mais querido.
