“Days Gone” é o novo exclusivo da PS4 e é a primeira grande aposta da Sony para este ano. O título da SIE Bend Studio será lançado a 26 de Abril deste ano e nós já o jogámos.
Num ambiente propício à experimentação do universo apocalíptico de “Days Gone”, tivemos a possibilidade de experimentar o próximo grande exclusivo para a Playstation 4 pela segunda vez (a primeira tinha acontecido na Lisboa Games Week no final do ano passado). Com a mais recente build do jogo, foi possível explorar mais e confirmar algumas boas indicações iniciais e verificar algumas melhorias no título. E parece que o adiamento do jogo até Abril veio ajudar e bastante, apresentando-se mais polido do que estava na Lisboa Games Week.
Apesar de estarmos próximos da data de lançamento, “Days Gone” parece não estar a gerar o mesmo impacto e expectativa do que o inevitável “The Last of Us”. Inevitável, pois é difícil não olhar para “Days Gone” e não compará-los. Isto porque ambos se situam num ambiente pós-apocalíptico, imerso por zombies (aqui denominados de Freakers). Para além disso, pelo que já jogámos “Days Gone” também se foca bastante na narrativa que pretende contar.
No entanto, a experiência que tivemos com o jogo da Bend Studio é que “Days Gone” é diferente e possivelmente mais divertido do que o título da Naughty Dog. Uma afirmação forte e que só poderemos confirmar quando tivermos o produto final nas mãos.
Jogámos cerca de hora e meia, mas pode ter sido mais pois a verdade é que o tempo passou a correr, e nunca sentimos grande necessidade de fazer outras coisas, como olhar para as notificações no telemóvel. Um sinal claro de que um jogo é divertido e interessante.
Do que nos foi possível jogar percebemos o que está em jogo para Deacon St. John, a personagem principal. Em pouco tempo entendemos os motivos e o contexto para nos preocuparmos com o que lhe acontece. O universo em si não parece muito diferente daquilo a que estamos habituados em “The Walking Dead” por exemplo. Os Freakers são um perigo iminente que temos de tratar com precaução, mas são os humanos os verdadeiros adversários para a nossa personagem.
Num mundo aberto gigantesco, é sempre importante ter um bom mecanismo de transporte. Em “Days Gone” isso acontece com as motos. Apesar da condução não ser leve e fluída o suficiente, serve o seu propósito. O facto de termos de nos preocupar com a gasolina e estado da moto poderá trazer um novo nível de gestão no jogo (durante o período que jogámos não tivemos de nos preocupar com isso). A diversidade dos cenários e a atenção ao detalhe normalmente são pontos garantidos nos exclusivos da Sony e “Days Gone” não aparenta ser a excepção à regra.
Os combates demonstraram-se competentes, mas não fazendo nada de original ou inovador, do que podemos experimentar. Os diálogos e história são interessantes, deixando-nos com a chamada “pulga atrás da orelha” para saber o que acontece a seguir. Deacon aparenta ser uma personagem carismática com boas intenções que se vê perante um mundo em que as regras estão do avesso.
Algo que não se costuma mencionar numa antevisão são os menus e a interface do jogo, mas os menus de “Days Gone” causaram tão boa impressão que têm de ser mencionados. São limpos, esteticamente agradáveis e originais, fazendo uso até do touchpad do DualShock.
“Days Gone” apresenta-se como um título divertido e que certamente será uma aposta certeira para os donos de uma Playstation 4. As comparações com “The Last of Us” poderão prejudicar o seu potencial, mas do que vimos até aqui acreditamos que a Bend Studio poderá ter em mãos uma possível nova franchise, a primeira do estúdio depois de “Syphon Filter”.
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