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Crítica Cinema – Sibéria (2018)

Crítica Cinema – Sibéria (2018)

Sibéria é o novo filme protagonizado por Keanu Reeves e realizado por Matthew Ross. Uma história sobre o contrabando de diamantes na Rússia, que acaba por falhar devido à falta de capacidade de desenvolver um enredo de forma pertinente e coesa.

Lucas (Keanu Reeves) é um comerciante de diamantes americano que viaja até à Sibéria em busca do seu parceiro desaparecido e dos seus diamantes. Durante a sua permanência na região, conhece Katya (Ana Ularu), com quem começa uma relação. A imagem do actor, cuja filmografia lhe confere uma reputação vistosa, é usada como amparo neste filme. Sendo de categoria B e com poucos meios, os investimentos são dirigidos para o protagonista, cujo rosto é utilizado para atrair público. O próprio enredo não é muito promissor nem complexo, criando 1 hora e 44 minutos de arrastamento de sequências.

O argumento, a realização e a montagem não favorecem em nada a história. Gera-se um ritmo lento, sem nenhuma surpresa e sem rumo, havendo até a sensação que não existe nenhuma intenção em fazê-lo. O romance que se desenrola é na verdade um simples meio para inserir algumas cenas de sexo, que não acrescentam absolutamente nada ao enredo e às personagens. Estas tornam-se, consequentemente, vazias, sem intenções definidas, acabando por ser difícil sentir algo pelas mesmas.

Sibéria acaba por não conseguir concretizar o que a sua sinopse prometia. O argumento, a realização e a montagem falham em elevar o filme a outros níveis, provocando a falta de tensão dramática, tirando todo o interesse à história, que por si só já não tinha muito. Não há nenhum propósito suficientemente forte, nem personagens com densidade psicológica que sirvam para criar algum tipo de intensidade. Tudo acaba por ser vazio e facilmente esquecível.

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