Luis Santos 
A partida de hoje à tarde, no Restelo, coloca frente a frente duas equipas que inverteram os papéis interpretados nas últimas épocas. O Belenenses começou com um triunfo fora, em Penafiel, e caso vença os madeirenses iguala o melhor arranque dos últimos 14 anos no escalão principal. Longe, portanto, da aflição que tem sido habitual nos tempos mais recentes. Já o Nacional chega a Lisboa fragilizado pela derrota caseira com o Moreirense, à qual se seguiu o comprometedor deslize europeu frente ao Dínamo Minsk. Abaixo, portanto, da qualidade mostrada nas últimas temporadas.
Em termos anímicos a vantagem está toda do lado dos azuis, mas se olharmos para a tradição a coisa muda de figura. Os insulares ganharam nas últimas três visitas ao Restelo, um dado que Lito Vidigal não irá desvalorizar. Aliás, o Belenenses já não supera os alvinegros em casa em jogos da Liga desde 10 de março de 2007. Com Jorge Jesus no banco, Zé Pedro e Dady selaram o 2-0 ainda na primeira parte. Uma época saudosa para os adeptos do clube da cruz de Cristo, já que a equipa ficou em 5.º lugar e chegou ao Jamor.
Os tempos são outros, mas dada a “conjuntura invertida” deste início de época é legítimo ao Belenenses encarar com confiança redobrada esta receção ao Nacional, que pode ficar desde já algo pressionado caso sofra nova derrota.
MUITO PROVÁVEL
Os jogadores do Nacional acusarem o desgaste físico da longa viagem até à Bielorrússia, já que não houve tempo para recuperar.
Ver o Belenenses a assumir o controlo das operações logo desde o apito inicial, em busca da segunda vitória consecutiva na Liga.
POUCO PROVÁVEL
O ritmo de jogo ser elevado durante os 90 minutos, quer pela fase precoce da temporada, quer pelo calor que se prevê.
A partida acabar sem golos. Ambos os conjuntos têm avançados velozes e perigosos, mas também defesas algo permeáveis.
